quinta-feira, 15 de julho de 2010

NASCIMENTO E ANGÚSTIA

 Imagem do Blog Aeternus Femininus

Carla 108 NASCIMENTO


Primeiro sonhei que segurava um bebê. Não era meu filho, mas ele sorria muito para mim enquanto eu brincava com ele.

Podemos pensar na compensação de ter um filho, é possível, a realização da maternidade. Mas não podemos desconsiderar o simbolismo do nascimento interior, a formação de conteúdos que representam o renascimento da criança em você, no sentido de espontaneidade, naturalidade e alegria de viver.

Cuide dessa criança que vem se anunciando, ame-a, eduque-a e forme-a uma mulher plena, corajosa, integra e digna.

109   ANGÚSTIA
 
Em segundo, sonhei que havia uma jovem chorando (essa jovem é a filha do primeiro casamento do meu cunhado), dizendo que os pais dela iriam expulsá-la de casa. Havia uma outra jovem com ela que estava calada. Eu aproximei-me e compreendendo sua tristeza comecei a chorar perguntando se o que ela sentia era uma dor imensa no peito. Ela afirmou com a cabeça. Nisso os pais dela apareceram e deram-lhe opção de uns cinco tipos de comprimidos para ela tomar. Ela escolheu o maior deles e engoliu. Eu sabia exatamente o que ela estava sentindo: um pré-abandono desesperado e medroso daqueles que corrói a pessoa por dentro.

Pode ser catártico e de atualização. Frente a tensões e enfrentamentos o sonho reequilibra as funções musculares promovendo um relaxamento que compense a tensão da angústia.

Diminui a angústia mascarada e Aumenta o limiar de resistência, renovando a capacidade de resposta orgânica frente a cenários e novos eventos de tensão e fonte de angústia. Sua identidade transparece que a dor vivida pelo outro é projeção de seu desconforto, e o apoio familiar compensa sua necessidade de proteção.

O momento parece de angústia, ou há angústia mascarada, seu desejo é de ser cuidada. Frágil aceita até uma dosagem elevada de amortecedor. E a psiquê cuida de reequilibrar seus mecanismos descompensados.

No sonho a imagem do abandono, rejeição e punição, realça a condição precária decorrência da dependência do outro. O mecanismo toca no ponto de fragilidade (medo de rejeição) para mobilizar e compensar a angústia ou a elevada tensão do momento. E também é possível que a mobilização seja para aumentar o limiar de resistência, diminuindo a suscetibilidade do sujeito frente à condições emocionais adversas.

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