terça-feira, 15 de junho de 2010

TRIÂNGULO AMOROSO


CH 89


Tenho sonhado bastante com minha mãe e irmã em situações desgastantes donde, ora minha mãe está do meu lado, ora fica do lado da minha irmã contra mim.

No primeiro caso sonhei que minha irmã estava dentro de um quadrado de vidro, mais ou menos posicionado na altura do ombro de minha mãe, e lá de dentro ela dizia algo que não lembro o que era. Só recordo da minha mãe lhe respondendo que o mesmo bem estar que ela me proporcionava enquanto mãe, eu também proporcionava a ela enquanto filha.

No segundo caso, minha irmã houvera chegado de viagem e junto com minha mãe foram para meu quarto. Eu queria dormir, mas minha irmã deitou-se na minha cama e ficou lá toda tranquila. Enquanto visitante não quis mandá-la se retirar do meu quarto. Nisso ela e minha mãe começaram a fazer um monte de perguntas tão tolas que eu nem sabia o quê responder.

Parece um sonho pequeno, mas não teria pesadelo pior para mim do que desse gênero. Geralmente os sonhos com minha irmã são bem desagradáveis, inclusive os que minha mãe se coloca no meio como defensora minha (o que faz eu tornar-me uma criança indefesa), e acho que daria para contar nos dedos da mão a quantidade de sonhos bons que já tive com ambas.

Por quê minha irmã é a minha assombração onírica?



Veja a frase do primeiro sonho:

“Só recordo da minha mãe lhe respondendo que o mesmo bem estar que ela me proporcionava enquanto mãe, eu também proporcionava a ela enquanto filha.”

Este é o retrato das relações interpessoais, o intercâmbio a troca. Um sujeito interfere no outro, um acrescenta ao outro. Ambos são importantes e a relação só existe como opção mútua.

Como é há indicação que sua relação simbiótica com a mãe não foi superada ou abandonada, é natural que exista uma competição com sua irmã, ou dela com você pelo seu estado emocional possessivo, e ela é a assombração que você criou. Mas me falta dados para avaliar esse triângulo familiar.

No segundo sonho sua irmã e sua mãe aparecem como invasoras do seu espaço privativo.

Você age como uma criança defensiva, não indefesa, incomodada. Não se manifesta, pois suas intenções são obscuras. São relações afetivas complicadas na sua vida, relações que não se realizam. E não se realizam porque você continua a agir como vítima, carente e dependente.

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