terça-feira, 8 de junho de 2010

FRAGMENTOS I

Santuário do Caraça - MG
Visão da ala do Internato

CH 82


Gostaria que esse blog nunca chegasse ao fim... mas compreendo. Enquanto isso vou postando meus sonhos...

Hoje a noite foi longa. Embora eu não me sinta vitoriosas com relação às mudanças que pretendo realizar na minha personalidade podem dizer que meus sonhos já não são os mesmos.

Obrigado pela confiança e pela generosidade.
Seria interessante saber: Porque, para você, “seus sonhos” já não são os mesmos?

Novamente vou relatar por lembranças:
I
Na primeira eu estava participando de uma reunião num local que parecia uma escola. Estava chovendo e no momento de ir embora calcei minha meia e tênis que estavam ensopados. Não tinha como eu ir embora descalça e o jeito era ficar com o pé molhado. Como a chuva não cessava, fui conversar com a professora de educação física para passar o tempo até acabar a aula de uma colega que poderia me dar carona. Falei com a professora sobre as mudanças tidas, pois antes os alunos tinham aula de natação ou esporte, mas em tal momento, estavam tendo apenas aula de artes. Eu não considerava que artes fosse educação física e comentei que gostava da natação. Não me lembro dos detalhes da conversa, mas depois de algum tempo fui procurar pela suposta colega. No que saí por um corredor, verifiquei que não havia salas de aulas, mas sim quartos. Notei que ali era um internato e não apenas uma escola. Nisso foram aparecendo vários adolescentes e me senti perdida no local enquanto lembrava de que, quando jovem, tivera vontade de estudar num colégio interno. O local me pareceu bem interessante.

O sonho remete possivelmente a esse tempo em que aflora sua vontade ou intenção de estudar em um internato. Como foi esse tempo em sua vida? o que aconteceu de significativo? Se estivesse em um processo psicoterapêutico esse poderia ser um alvo da investigação. Pode ter sido um momento marcante que define a sua relação com o coletivo. Porque a escolha de se enclausurar, ou seria a fantasia de viver coletivamente com outros iguais que sofresse a mesma pressão, o mesmo isolamento, o mesmo cenário. Considerando esses detalhes é possível que essa vontade compensasse já naquele momento a pressão que sofria e o internato pudesse ser a busca de relações de igualdade.

II

Na segunda eu caminhava por uma feira de pássaros e tinha um passarinho amarado a uma coleira (como se fosse um cachorro). Nisso tive que passar por uma checagem de pontos e alguém disse que eu houvera sido desclassificada e não participaria da festa. Não aceitei aquilo e disse que eu pagara pela festa e ninguém me falara sobre regras de classificação. Falei várias vezes sobre a exigência dos direitos que eu tinha já com a certeza de ganhar a causa e participar da festa. Algumas pessoas do estabelecimento concordavam comigo, mas não lembro o restante.

Passarinho na coleira é elemento fora de sua natureza, passarinho fazendo papel de cachorro. Passarim que  não canta mas que late. Desconhecimento de identidade, espírito aprisionado e não identificado. Como sonho de confronto te expõe ao desafio de ter que defender seus direitos, há mudanças nessa dinâmica, na sua forma de responder, deixa de ser a agressiva brigona, ou o espírito aprisionado na corda guia para ser o sujeito que se utiliza das armas da lógica para fazer valer seus direitos. A dinâmica indica  mudança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário