segunda-feira, 4 de outubro de 2010

AR MAR TERRA AR




 
Num segundo sonho fazia um passeio com uma equipe donde um helicóptero nos deixou em alto mar. Mergulhamos e nadamos até uma escada instalada numa enorme parede rochosa. Subimos nessa escada e lá em cima entramos numa espécie de bondinho carruagem e puxados pelo cavalo subimos o morro da encosta. Conforme subíamos a vista do mar ia desaparecendo e apenas o céu podia ser visível. O terreno era íngreme e a sensação era de estar de fato no céu em uma altura muito, mas muito alta. Depois o helicóptero foi nos buscar lá em cima e o especial do passeio, o qual tivera um preço pago de forma individual, pelo visto, estava na escalada em si. Ao mesmo tempo em que sentia um frio na barriga estando lá em cima, também sentia-me fascinada.

Perceba o alinhamento e o fluxo do movimento:

do Céu para o mar

do mar para a terra

da terra para o céu.

O helicóptero como máquina moderna pode representar seu corpo suspenso. O corpo suspenso pode indicar elemento de sua natureza ou indicar movimento de atitude aérea.

Como tudo o que sobe cai ao se elevar desconsiderando a realidade pode ser indício de que a queda da idealização ou da fantasia levará ao retorno para oceano primordial.

Mas você vem se articulando dentro da realidade. No sonho você pousa no oceano e aplica a energia pessoal, o esforço pessoal nadando. Encontra uma escada, um instrumento, e começa o seu retorno a terra. Piso, aterrado, ascende à montanha pelo próprio esforço, recebe ajuda instrumental do cavalo, na sua linguagem poderia ser encosto ou instrumento de mediação, força yang trabalhando a seu favor, domínio do selvagem e aplicabilidade de suas pulsões, e ascende ao ponto mais alto onde a visão é favorável.

Parece-me que a tendência é de pagar o preço, pessoal, pelos movimentos realizados e ascender novamente ao céu. Se for com controle e domínio, o movimento de fantasia aplicado à realidade favorecerá a mudança e o deslocamento do corpo, a conquista de espaço. Se não o for, indica ciclo que a levará de retorno ao oceano primordial ou aos perigos da fantasia.

Os três elementos estão presentes: Ar; Terra; água. Falta o Fogo. Podemos pensar que o fogo esta sendo usado na elevação ou na ativação da máquina. Neste caso há uma grande perda de energia para a repetição cíclica, você pode estar fazendo muito esforço para fica no mesmo lugar. Mas também pode ser indicação de que falta Paixão. Neste aspecto a paixão pode representar foco, propósito, objetivo, não necessariamente um caso amoroso, uma ligação simbiótica.

O movimento é cíclico. Na jornada humana, os ciclos são determinantes no amadurecimento. Quando se encontra o portal, a passagem, o cavalo selado, o indivíduo não fica paralisado e transpassa o ciclo para a espiral, nela ascendendo, mudando de patamar de consciência. Se não encontra as passagens, perde o “Time”, por falta de conexão com as frequências do universo, vibrações acima ou baixo que aprisionam o sujeito da dimensionalidade impedindo-lhe o acesso a estados mais sutis, reinicia-se o infernal ciclo do Sansara.

 
 
 
A espira indica o movimento de expansão em sintonia com a dinâmica do universo. O ciclo indica o aprisionamento na mesma esfera, o Sansara, a eterna repetição, subir, descer, girar, retornar, repetir. O inferno, que neste caso não é o inferno Sartreano, mas o  inferno pessoal em que mergulhamos quando não sintonizamos o fluxo do mundo.

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