sexta-feira, 20 de agosto de 2010

VIAGEM A PARIS II

  PARIS
A LEITURA DO SONHO

No sonho se a imagem incorporada de sua irmã, no real, é negativa, a compensação surge para regular a dissociação entre aquilo que sua irmã realmente é e aquilo que você “pintou” que ela é. Neste caso trabalhe suas dificuldades e resignifique o significado de sua irmã, para que se processe a sua reconciliação interna e este resultado possa ser projetado nas transformações que você busca dentro de sua realidade. O sonho é indicação de uma tendência de proximidade ou de caminho a ser seguido.

O significado de irmandade se apoia nos laços consanguíneos, mas estes não bastam, porque na vida adulta a irmandade o significado se amplia da família para o coletivo levando-nos à compreender que a irmandade supera o sanguíneo e nos aproxima da unidade coletiva, e essa passagem é dinâmica de amadurecimento e de transcendência. Neste momento se os laços familiares se fortalecem no afeto, na confiança, no partilhamento, as relações se consolidam e seguem em laços mais fortes. O momento portanto, é propício para esta proximidade, mas para isso é preciso resignificar seus conceitos de irmandade.

Se considerarmos a representação de Paris como cidade Luz, o sinal é de que você caminha, ou voa, para cidade das luzes, reconciliada com a sua irmã. Claro que junto da sua irmã pode ser prenúncio de amadurecimento da relação, a eliminação das arestas que possam impedir o aprofundamento da relação. A indicação de viagem das duas é sinal de aproximação entre você e a representação. A relação se resolve inicialmente dentro de você, na proximidade que acontece com os conteúdos, entre as duas irmãs.

Não há como pensar Paris sem pensar em Torre que pode ser um dado a acrescentar. Se pensar em torre de Babel é a vaidade e a ganância gerando distanciamentos no diálogo. Se pensar na tradição cristã é o símbolo de vigilância e ascensão. Mas como a torre não apareceu pode ser que o conflito solucionado promova o seu aparecimento. Portanto cuidado com as diferenças de linguagem, porque essas diferenças criam abismos, distâncias e o silêncio forma torres que nos aproximam da ascensão que nos leva a Deus.

No caso da viagem ela surge também como compensação, fuga da realidade, necessidade de mudança interior, desejo de transformação, compensação de anseios e desejos, espelho de insatisfações com a sua realidade.  E  a generosidade da sua irmã, lhe dando a viagem, compensa o conceito dela ou sinaliza a sua expectativa de que ela satisfaça seus sonhos... como dever de irmã.

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