Existe um momento crucial em nossas vidas, aquele em que a consciência que se forma em nós toma consciência de que existe.
O estado anterior, de consciência em formação no individuo, nos permite nos situar no presente ainda sem a capacidade de transcendência no tempo, sem a consciência de passado, presente e futuro, neste estado somos o Buda sem sabemos que somos iluminados, ou o que somos, vivemos como sem saber o que.
Mas este é um estado perigoso, pois o individuo age como um cego que não sabe que não enxerga e saí espalhando desastres, se debatendo sem saber nadar, acabará se afogando por exaustão.
O momento que chamo Crucial, quando a configuração de consciência se instala, coloca o individuo numa situação delicada: A partir deste instantâneo, ele tem a possibilidade de se diferenciar da massa indiferenciada e iniciar sua caminhada rumo à complementação de sua singularidade, à sua plena realização.
Neste estágio a maioria se confunde entre as realizações materiais, aquelas que acariciam o ego, e a outra, a que realiza e que fortalece a formação do espírito humano.
Esta confusão é natural, já que a sociedade humana não favorece essa compreensão do individuo, ao contrário, lhe fornece uma preparação básica inconsistente que pouco lhe esclarece sobre o significado de sua existência.
A mais importante questão deste momento crucial e que se impõe ao individuo é:
Qual a razão da existência?
Como ele não tem instrumental para se responder e tão pouco a sociedade humana favorece, facilmente, a resposta, o sujeito segue sozinho na sua busca e rapidamente tende a se perde na confusão das exigências sociais, de sobrevivência e nas exigências internas de anseios e dos desejos.
A compreensão dos sonhos nos permite reconstruir uma conexão perdida com o que é essencial e vital na existência, e a forma mais acessível de olharmos para o nosso interior e nos aproximarmos do elo perdido, aquele que nos aproxima do divino.
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