terça-feira, 7 de dezembro de 2010

SERPENTE E KUNDALINI

   Deusa das Serpentes - Escultura
Museu de Candia, Creta - Grécia



KUNDALINI

Jung considerava que representações de transformação e renovação por intermédio de serpentes constituem um arquétipo amplamente registrado em culturas diversas, e que o Ureus egípcio era representação visível do Kundalini elevado ao nível superior.

Sempre que se pensa em desenvolvimento espiritual a partir dos chacras se pensa na possibilidade de ascensão da energia kundaline de níveis inferiores para os superiores. A isto se chama a subida da serpente.

Este estado é tanto mais seguro quanto maior o desenvolvimento e aprimoramento do sujeito, para que a energia ascendente não promova destruição na sua passagem pelos portais neurogenéticos.

E não há como realizar essa ascensão sem aprimoramento, ou se isso ocorre há o risco de liberar um dragão destrutivo que pode levar o sujeito à sua destruição. Por isso a importância da iniciação e da preparação.

O sonho indica que a energia foi mobilizada e que sairá de sua fonte arquetípica, caberá a você administrar esse afloramento, como uma guerreira que tem consciência dos desígnios de sua vida e da importância de uma atitude impecável diante da vida.

Este não é um acontecimento infeliz que cai no seu colo, ele é parte da dinâmica de desenvolvimento do ser humano e todos passam por este desafio. A maioria sucumbe, foge, desvia o olhar, evita o confronto, finge que não vê. Mas o desafio é imprescindível e define o destino de um individuo, respondendo ou não ao desafio.
No seu caso esse é o momento em que a impecabilidade é fundamental. No sonho você cumpriu o seu destino e encarou o confronto. Mostrou que é guerreira e corajosa, que possui verve para encarar o destino de sua vida. Na realidade é o que você deve esperar de si mesma.

O desconhecido pode ser ameaçador, mas passar por um estágio de transformação sem preparo é inadequação. É preciso enfrentar os conflitos, os dilemas e aprender a sair sem ser devastada. Precisamos aprender a lidar com essas pulsões interiores, inferiores ou não, para não sermos submetidos à suas mazelas e despreparo. Assim crescemos. Infelizmente não existem caminhos fáceis.

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