segunda-feira, 24 de maio de 2010

IMPERADOR

  D. Pedro I - Imperador do Brasil - 1830
Museu Imperial de Petrópolis
Simplício Rodrigues de Sá - Último retrato

CH72

Essa noite sonhei que eu era esposa de Dom Pedro Napoleão Bonaparte II, um imperador de longas datas atrás (não sei de onde meu inconsciente tirou esse personagem que carrega o nome de dois imperadores reais). Nós tínhamos um bom casamento e nos amávamos. Na cena do sonho, que parecia de um filme antigo, como se eu fosse uma atriz misturada com a personagem real, estávamos chegando no alpendre de uma casa. Havia uma parte arredondada perto da parede que era própria para se sentar. Tanto nela quanto no chão haviam algumas folhas amareladas de árvores, que eram trazidas com o vento, dando sinal de que fazia algum tempo que o local fora limpo. Lá nos sentamos e ele puxou um sério assunto comigo. Retirando do bolso da casaca uma caixeta preta baixa, mostrou-me um lindo colar de ouro com pedras ametistas lilases em formas de gotas de vários tamanhos. Era uma joia preciosíssima, dessas que só já vi em revistas ou na televisão. Nós tínhamos um filho de oito anos, mas naquele momento, com muita firmeza, enquanto colocava o colar no meu pescoço, ele disse que queria outro filho homem. Completou dizendo que me amava, mas caso eu não lhe desse outro filho homem, ele me mandaria de volta para a casa dos meus pais. Parece que aceitei ao seu pedido-ordem, mas não lembro direito o desfecho.

A referência a Napoleão Bonaparte II é instigante, pois aos 4 anos foi reconhecido como imperador e faleceu aos 21  . Era uma figura de saúde frágil e que não vingou. O oposto do pai Viril que se fez Imperador. Já Dom Pedro, não sabemos qual dos dois (I ou II), são representações diferentes, O primeiro o imperador autoritário e o segundo mais afeito ao conhecimento e à ciência.

De qualquer forma é a força do masculino Imperando em você e determinando suas escolhas como mulher. No caso, a postura submissão à figura do Macho Imperador, não sabemos se em função do poder masculino, da riqueza ou em função da força de seus sonhos de menina princesa. Sinaliza também um grau pessoal elevado de exigência na escolha do parceiro, que compensa sua baixa estima, ou seu senso, postura ou fantasia de realeza. Como se estivesse em posição muito acima da pessoa comum.

Volto a pensar: não sei se para compensar a baixa estima, a elevada severidade na exigência e perfeccionismo que lhe afasta do homem comum, ou se esse homem poderoso é aquele que atende suas necessidades de poder e riqueza, de ambição, posses, ou da necessidade de se diferenciar dos mortais comuns e de realizar um destino magnífico, esplêndido na sua ilusão, nas escolhas daquilo que aparenta importância.

Se o ego está inflacionado ocorre identificação, neste caso as imagens satisfazem a sua demanda por vivências diferenciadas e especiais, pelo grau elevado, pelo status, elite imperial e compensa a necessidade de ser agraciado com tesouros, se associar ao grandioso. Compensa a estima pessoal, no caso, a inferioridade.

É bom prestar atenção à fantasia idealizada do homem que buscas para realizar seus sonhos, já que se isto ocorre você se distancia da realidade, da possibilidade de realizar o sonho de mulher de encontrar um parceiro, acontecimento que mesmo comum a tornaria realizada e grandiosa como mulher, e não pela associação com o poderoso. E naturalmente isso a distancia de realizar o sentido natural da maternidade. Sem parceiro e sem a maternidade você abre mão de duas obras em nome da espera do príncipe encantado.

A GRANDIOSIDADE DA FANTASIA

AUMENTA A DOR DA QUEDA

NA REALIDADE OU

NO ABISMO DA ILUSÃO.

Se considerarmos a presença de complexos autônomos que jogam para baixo sua autoestima, a grandiosidade do sonho é a mostra de uma força que a subjuga e que cresce quando ocorrem dinâmicas que podem dissolver esses núcleos autônomos de energia.

Por outro lado a grandiosidade pode se mostrar na aparência mas residir no conteúdo: o desejo de realizar a maternidade simplesmente como mulher. A riqueza de procriar, a joia preciosa de gestar um ser. Neste aspecto, sua fantasia lhe lança na grandiosidade do império, aprisiona o seu foco no objetivo equivocado, quando a riqueza não se faz tão distanciada, mas na sua capacidade de realizar a maternidade, que deveria ser o verdadeiro foco.


POR OUTRO LADO,
não podemos esquecer que mulher de Imperador é Imperatriz e essa é uma carta do Tarô que, no mínimo, por curiosidade, deve-se considerar como conteúdo arquetípico. Na Sequência posto o conteúdo de A IMPERATRIZ para que possa servir de reflerencia e reflexão. Existe, conteúdos mais completos que fica para seu interesse de investigação.  Deveria tambem ler sobre a carta O IMPERADOR


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