quinta-feira, 6 de maio de 2010

DEUS NÃO JOGA DADOS


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Mais uma pergunta:

Minha mãe sempre comentou que foi castigada, pois todas as coisas que criticava e detestava na postura de minha avó (sua mãe) e do meu pai, enquanto ela estava grávida de mim, nasceram comigo.

Todas as vezes que escutava isso eu achava um absurdo ela me colocar como um objeto de martírio e dizia-lhe que Deus seria injusto por fazer um filho sofrer os defeitos dos parentes ou antepassados apenas porque a mãe revoltou-se contra os mesmos durante o período de gravidez.

Por acaso isso seria possível?

Bem, parece-me que são duas visões:

• Sua mãe se sentia castigada:

• Você injustiçada.

Sua mãe se sentia castigada por ver a filha repetindo o que condenava na mãe. Os fantasmas nos perseguem. Quanto mais a gente foge das assombrações mais elas nos aparecem.

A natureza em sua ordenação se repete. É o inferno do Sansara, o tormento da repetição. É a vida nos covidando a mudarmos, nos transformamos. Caso contrário àquilo que condenamos seremos condenados a repetir. O grande risco e castigo de sua mãe, se não superou sua avó, se não se renovou, será repetir a sua avó na sua velhice, e ver em você o que nela não suporta. Neste caso sua mãe repete sua avó e você repete sua mãe, e... Sua filha repetirá... Você.

Esse é o principio: se não nos amadurecemos diante da vida, repetiremos nossos pais, num eterno ciclo de retorno.

Seu sentimento de injustiça faz sentido quando ela joga a culpa em cima de você. Você não deixa de ser responsável na repetição, quando não supera o código de repetição, mas inicialmente é uma dura e árdua tarefa superar a repetição de nossos pais. Antes de superarmos precisamos identificar como eles existem em nós. E eles existem, em nós, nas boas conquistas que realizaram e nas incômodas mazelas que repetimos.



A configuração de gênese repete o formado no tempo em que a fecundação ocorreu. Naquele momento mágico em que a fecundação ocorre, quando os gametas masculinos e femininos se encontram eles reproduzem a configuração Psíquica daquele “instante” do gerador e da fecundada. Além deste espelho, eventos podem ocorrer que podem reconfigurar, independente da proteção excepcional que está submetido o feto, o estado do ser gerado.

Vejamos alguns exemplos:

Estados de tormento da mulher podem definir uma gravidez conturbada que consequentemente submeterá o feto às condições que determinarão sua configuração vibracional, neste caso, alterações, inquietações, angústias, suscetibilidades, fragilidades, que poderão se manifestar após o nascimento;

Mulheres fumantes gerarão filhos abaixo do peso, e até filhos com tendências mais suscetíveis às compulsões e dependências químicas;

São dois exemplos básicos. Não é pela revolta ou crítica, das vivências maternas, que Deus a formou para confrontá-la. Ela gestou características que existiam nela e que não foram superadas ou possivelmente foram apenas mascaradas.

Deus para mim está além do bem e do mal, da justiça ou da injustiça. Em um nível mais próximo de nossa dimensão existencial, a natureza já oscila entre polaridades vibracionais, mais leves ou mais densas, mais transparentes ou mais opacas, mais carregadas ou menos polarizadas, que definem o grau de vibração em que nos inserimos neste cenário cósmico.

Se aprendermos a lidar com este universo energético e vibracional teremos mais possibilidades de escolher as frequências em que quisermos viver. Neste aspecto a natureza nos convida a fazer as nossas escolhas, as nossas apostas. Deus não joga dados, mas humanos se deliciam em jogar como se deuses fossem. E neste aspecto a vida é absolutamente justa, você escolhe como quer seguir o seu caminho e assim será. Nós decidimos os caminhos quando escolhemos ou abandonamos escolhas.

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