sexta-feira, 7 de maio de 2010

CARÍCIAS E ÊXTASE II



êxtase no orgasmo
CH 61
A atitude pode, sem dúvida, chamar de Proativa. Você se assume no seu desejo, rompe com o tradicionalismo, o conservadorismo, o Modelo de mulher incorporado, por você, como o adequado, o valorizado, o idealizado, o aceitado pelos seus princípios e valores, e exercita a sua experiência pessoal de ser mulher, como individuo que se dá o direito de se descobrir na busca do que lhe dá prazer, satisfação dos seus desejos, fantasias.

Sua experimentação pode deixar-lhe desconcertada, pois rompe com o seu modelito clássico de mulher, qu funciona focada no prazer do homem, como objeto de prazer dele, para avançar na busca de carícias que lhe satisfaçam sua demanda afetiva.

Poderíamos por exemplo pensar em possível fixação oral, ou numa demanda oral que satisfação sua carência oral, sua relação de simbiose não completada e não finalizada. Mas pessoalmente pensão que numa analise de sonhos podemos utilizar a referencia conceitual apenas como referência de leitura e não mais que isso já que o conceito pode ser reelaborado a partir da satisfação da demanda.

Pouco pode significar para você se descobrir conceitualmente prisioneira de uma fixação oral em decorrência de uma oralidade não satisfeita na fase de vivência simbiótica com a mãe. Mas muito pode significar, para você, a vivência oral realizada no exercício da sexualidade adulta que lhe permita viver o não vivido e se libertar ou liberar energias aprisionadas na frustração naquele momento do passado.

Para essa liberação não basta apenas viver a sexualidade de forma plena ou na expectativa de que o outro satisfaça o seu desejo. É necessário que você parta em busca do seu prazer, siga a referência íntima de sua necessidade, dos seus desejos e de seus impulsos.

Isto pode parecer assustador e chocante, primeiro por que nos colocamos alinhados, ou sob o poder da força dos desejos, na satisfação dos desejos e em geral nem sabemos de onde vêm e onde eles podem nos levar. Mas a consciência nos guia, pois permite, nesta jornada do imponderável, exercitar-se dentro de princípios e limites de segurança e do bom senso. Não como coletivamente como na música de Milton Nascimento: “Sede de viver tudo...” vivido no passado por uma geração. É preciso se permitir proativa, descobrir seus desejos e o caminho de saciá-los, sem colocar no outro a responsabilidade de que ele faça-a feliz e realizada.

A sexualidade está no seu corpo, na sua energia e é preciso se conhecer, para que até dela possa se libertar ou transmutar, no tempo devido, essa energia e transcender de forma plena.

A sociedade já vem rompendo com os modelos puros de homem e mulher, nas atitudes, rompendo com os modelos de ativo para falus e passivo para vagis. Mulheres que se responsabilizam pela satisfação do prazer permitem aos homens que se façam passivos e objetos de prazer para no momento seguinte serem ativos e que, ainda, satisfaçam as mulheres que gostam da virilidade máscula, ou como foco e objeto do prazer masculino. Não há modelos pré-definidos como no passado de o homem como comedor e a mulher como objeto de conquista.

Seja Livre para buscar sua satisfação e cuide da sua felicidade ou fique esperando, na janela, que o príncipe encantado apareça e que não seja castrado.

O sonho compensa seus desejos e mostra-lhe o caminho que podes seguir para encontrar sua satisfação ou para satisfazer seus anseios. Você não tem que ser mulher assim, ou homem assado. Você precisa encontrar o seu caminho pessoal para ser feliz, é o seu direito e é o seu dever, consigo mesma. Você precisa refazer conceitos, e deixar que essa mulher que existe em você aflore e mostre a sua força, beleza e determinação.

Parece-me que carrega há anos essa ideia de flagelo e culpa. Rompa com esses preceitos incorporados sabe-se lá de quem. Você está viva. Se não era para ter nascido, nasceu! Já que nasceu, cumpra seu destino de viva e não seu destino de morta, seu destino de viver e não o de morrer. Existem questões que não nos cabe pelo absurdo e insólito que se mostram. Se você vive é graça de direito divino... VIVA!!! RELAXE e... GOZE. Pois assim que o tempo passar a Madalena se santificará.

Quanto a isso é necessário que reflita uma questão básica; Se você não abre espaço para realizar sua demanda pessoal, você entra em um RUSH energético que pode lhe provocar doenças orgânicas de todos os matizes possíveis, distúrbios e transtornos. Enfim, infelicidade. É difícil, mas carregamos um corpo animal que anseia realizar instintos básicos e administrá-lo definirá sua transcendência. Há quem acredite em flagelo libertador, no chicote, no sofrimento, na punição, no castigo. A escolha é sua.

Viver, é o digo sempre, não é uma festa. Exige-nos, permanentemente, no limite. Mesmo em cenários de orgasmos, abandono e lassidão. E não nos resta, em consciência, outra atitude senão atravessar esse melancólico vale de sofrimentos. Dependendo da forma como o atravessamos temos a chance de aplacar as dores e encontrar caminhos sublimes e suaves, como agradáveis manhãs primaveris e até alongar esses momentos como se nos blindássemos por méritos e conquistas nos confrontos e no dever cumprido.

Mas não se esqueça: Não faça sua vida mais difícil com tanta severidade, punição e perfeccionismo. Você é apenas uma mulher... simplesmente uma pessoa...



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