sábado, 20 de março de 2010

FEED BACK 10

FEED BACK

Foi muito preciso tudo o que escreveu e adorei a imagem do túmulo.
A cada sonho me impressiono com a “inteligência” oculta que existe em nosso inconsciente.
Sinto que sempre fugi para me esconder na idealização do que queria parecer,
mas atualmente tenho me esforçado para mudar isso.
Claro que ainda acho um bocado difícil, mas o melhor é a exata compreensão
dessa necessidade tão real que me é interiormente cobrada.
Hoje tenho consciência de que a permanência de tormento existe além dos sonhos,
pois se estende na realidade da vida.
Ninguém cresce se não enfrentar os próprios tormentos a que tem medo.
O sonho é uma parábola perfeita a mostrar-me que a vida nos força sempre,
cedo ou tarde, a sermos fortes usando nossa parte de pessoa madura, integra, plena e capaz de crescer, vencer, superar limitações, se defender impondo respeito e autonomia moral.

O desfecho final de tal sonho pode significar um começo de sucesso no caminho certo em retratação da vida real em si?


Antes de responder-lhe, Agradeço-lhe o feed back.
Ele confirma que seguimos um bom caminho, e que o esforço, ou os escritos, tem valido a pena, . É nítido o avanço que realiza na compreensão de si mesma, considerando sua reflexão.
E se assim não o fosse teria motivos para, neste momento,
encerrar esta experiência, este nosso diálogo Surreal entre dois conhecidos desconhecidos.

Se bem entendi sua questão... Sim!
E quando se refere à possibilidade de sucesso na caminhada,
eu definitivamente qualifico o propósito, como esse, de SUCESSO.
Por escolha pessoal, e as fazemos, podemos passar por essa vida como alienados, ignorantes, sonsos,
 lerdos, desinteressados, iludidos ou fantasiosos,
como soberbos ou obcecados, compulsivos nos vícios ou entediados,
 gananciosos ou materialistas, como mentirosos ou enganadores,
 ladrões e corruptos, assassinos, deformados, sofredores, vítimas, dramáticos,
revoltados, etc.

Não importa o escape.
São muitas as possibilidades que existem
 para nos enganar, para nos esconder de nós mesmos
e dos nossos Desígnios.
Há muito tempo atrás eu fiz uma escolha, passei a me desvencilhar de armadilhas do efêmero e reavaliei meus conceitos e valores. Passei a focar com determinação meus propósitos e a parar de perder tempo com falsos luxos.Se essa vida tem um luxo, provavelmente o único, seja o de podermos nos dedicar ao aprimoramento da alma e do espírito, o resto é insignificante e serve apenas para nos distrair deste propósito fundamental.
Acredito que é de direito usufruir do melhor de nosso tempo: Música, Literatura, Dança, informação, Tecnologia de Ponta, Conforto, Saúde, Qualidade de Vida em primeiro lugar. Viver bem e aprimorar-se é fundamental, é a primeira exigencia da natureza.

Quem não rompe esse pré-requisito
se perde na profusão da evolução mas principalmente,
 perde o "timing"da Roda  da Vida.
Essa é a forma mais plena, acredito, de podermos agradecer à dádiva de viver. Com ela abandonamos a escravidão moderna da sociedade compulsiva e consumista que só valoriza o acumulo, o poder e o efêmero e passamos a agir com o INTENTO dos GUERREIROS que não perdem de vista o Eixo do Sentido da vida e se dedicam a realizá-lo.

Um comentário:

  1. Olá, tenho mais um sonho (tive ele num cochilo que dei hoje depois do almoço): Sonhei que eu estava em uma espécie de corredor cheio de pessoas sentadas de um lado e de outro quando eu incorporei de caboclo. Dancei rodopiando rápido e depois passei cumprimentando cada uma das pessoas com os braços (modo característico de cumprimento de caboclo). Minha voz ficou grossa e enrolada como de um homem estrangeiro falando português com certa dificuldade. Conforme a pessoa que atendia eu apenas benzia, perguntava se ela tinha algo para falar ou falava algo que me vinha espontaneamente saindo pela boca. Não sei se era uma incorporação de fato, pois isso nunca me aconteceu na vida real, entretanto, eu estava consciente de tudo numa espécie de meia autonomia. Primeiro veio os idosos, depois crianças e por último as pessoas normais. Havia um idoso que comentou sobre outro local donde ele havia ido e lá era a pessoa que tinha de ir até o médium incorporado, mas ele preferia a organização da entidade ir passando por cada pessoa. Comentei para minha cambone que aquele carismático idoso tinha uma luz intensa. Por certo eu devia estar falando de sua aura. Engraçado que eu não via luz nenhuma, mas sabia, como se pudesse sentir, que isso era de fato uma verdade. Passei benzendo as crianças e delonguei numa delas que estava mais carregada. Entoei umas preces de rima enquanto estalava os dedos fazendo o sinal de cruz a sua frente. Não sei por que eu sabia ou sentia a diferença de situação de umas pessoas para outras, fosse idoso ou criança. Depois passei a atender as pessoas adultas e uma mulher começou a falar de um retrato da estante de sua sala. Eu sabia que o problema dela não era com o retrato, pois de antemão eu já sentira que ela ia apenas me testar. Ela disse, na ponta do meu ouvido, como se fosse segredo, que seu marido andava lhe implicando por causa de um retrato que não queria na sala e, de tanta teimosia dela em querer o retrato lá, ele houvera escondido o retrato e ela queria que eu, ou melhor, o caboclo, lhe dissesse onde o mesmo estava escondido. Respondi para ela esquecer o retrato e ficar de bem com o marido. Interessante notar que, enquanto eu aconselhava-a, surgiu uma espécie de tela fluídica e eu não vi nada de retrato na imagem mental que a mulher projetava enquanto descrevia o fato, ou seja, era como se ela estivesse falando algo inventado. Seus pensamentos estavam voltados para algo que nada tinha a ver com o suposto retrato.
    Depois eu já estava numa sala com várias pessoas da mesma faixa etária que eu e perguntei se o curso surgira com o grupo de juventude ou se todos ali eram jovens por mero acaso. Obtive a resposta de que era apenas acaso e comentei que era a primeira vez que eu participaria de um grupo de estudo, por vontade própria, o que exclui a época de escola, apenas com pessoas jovens da mesma faixa etária. Não sei ao certo, mas acho que ali estavam apenas os médiuns do local. Havia outros grupos de estudos, dos quais inclusive comentei participar também, mas os médiuns não eram atuantes, ao menos não em incorporações. Vale dizer que, embora tenha vinte e cinco anos, me considero uma jovem que somente agora está em inicio de maturidade real perante a vida. Sempre me senti sendo e tendo dois lados contrapostos: uma criançona arteira, sem malícia e meio dependente, mas, ao mesmo tempo, uma velha cansada, sistemática e conservadora, ou seja, sempre vivi em contrastes e, de pouco tempo para cá é que venho começando a me sentir uma pessoa meio-termo. Também vale dizer que nunca gostei de pessoas da mesma faixa etária que eu e sempre preferi os mais velhos por questão de pura afinidade, algo que nunca soube explicar nem mesmo para mim, a não ser pelo fato de ter sido criada junto a pais e pessoas bem mais velhas. Pois bem, embora não saiba o motivo de tal sonho, gostei de ter sonhado com isso exatamente por achar que nunca teria um sonho assim. O que ele pode representar?

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