sexta-feira, 5 de março de 2010

ORDENAÇÃO


 

Acabei de acordar de um sonho meio futurista e bastante pueril. Ele começou comigo dentro de um trem. Eu sabia que era trem, mas ele parecia um ônibus por dentro e também por não andar sobre trilhos, mas sim flutuando acima do chão. Ele tinha janelas enormes (que estavam fechadas) e andava incrivelmente rápido. A distancia entre as poltronas era muito pequena e, incrivelmente maravilhada com a visão que apontava do lado de fora enquanto o dia amanhecia (nesse momento andávamos sobre uma ponte imensamente alta), pedi ao casal dos bancos da frente para tirarem a inclinação dos assentos, pois eu estava me sentindo muito apertada. Achei divertido notar que eu estava falando inglês, mesmo que com certa dificuldade e tendo até de fazer mímica com as mãos para explicar melhor o que queria. Eles atenderam meu pedido e seguimos viagem. Nisso chegamos num local incrível, tipo um paraíso de outro planeta. Era um local muito limpo, com construções muito simétricas de mesmo tom e havia muitos carros todos amarelos que levantavam vôos e depois voltavam para o chão. O trem parou em frente uma praça redonda grande com um enorme chafariz no centro e vários bancos ao redor dele. Não havia muitas plantas, apenas algumas poucas árvores. Desci do trem com a turma. Estávamos muito empolgados com o lugar. Dando seqüência a rotatória da praça e seguindo reto na rua que surgia adiante, havia uma praça cujo letreiro grande numa construção de fundo dizia ‘Praça Colombo’ e abaixo outra escrita com o nome do edifício que não lembro qual era. A rua era bastante larga e tinha dos dois lados pequenos chafarizes próximos do chão que espirravam água amarela para cima. Tantas coisas amarelas me fascinavam e me perguntava por que alguém havia escolhido aquela cor para dar destaque em tudo. Era um lugar paradisíaco e nesse momento eu tive uma preocupação, precisava anotar o sonho. Daí eu me vi dormindo numa cama de casal entre lençóis de seda (nada a ver com minha caminha de solteiro) de uma casa elegante e enorme, dessas que é possível se perder dentro delas. Estava de dia e eu podia escutar minha filha (no sonho eu sabia que tinha uma filha) tocando piano no quarto dela junto com o irmão e um primo. Eu queria continuar o sonho anotando o mesmo enquanto dormia como se fosse uma sonâmbula, pois tinha certeza de que ia fazer uma excursão longa e incrível. Fiz a difícil tentativa. Comecei a escrever e voltei para o lugar do sonho tornando a dormir, ou seja, me vi no local do sonho escrevendo os pontos principais do mesmo com uma caneta amarela (fora do sonho ela não era amarela). Quis conferir se fora do sonho eu estava escrevendo também, mas quando retornei em mim mesma dormindo, notei que não tinha força suficiente para escrever fora e dentro do sonho ao mesmo tempo, ou seja, eu estava escrevendo apenas dentro dele. No meio da peleja acabei acordando de verdade. O que pode ser esse sonho tão diferente além de legal e tolo ao mesmo tempo?
Conflito é singularmente é uma bipolaridade, biotensão entre duas polaridades. Como já lhe disse o sonho é um mecanismo psíquico em que ele atualiza regulando as funções do organismo, em todas as naturezas, bio-psiquico ou bio-físico-quimico, ou mental, emocional e psicomotor.
O dia de vida pode parecer banal, mas você está se equilibrando em cima de um planeta que gira a uma velocidade de aproximadamente 30 km/segundo, 1800 km/minuto, 108.000 km/hora. Só para manter-se em equilíbrio o corpo faz um exercício excepcional de atualização de movimento, distensões, tensões, relaxamento. Se quiser fazer um exercício simples para verificar isso, fique em pé e feche os olhos e mantenha-se assim por alguns minutos e perceberás as atualizações de equilíbrio corporal.
À noite, em repouso, o trabalho de atualização se mantém. O corpo entre em baixa atividade, frequência, ritmos e inicia-se o processo de regulação dos comando cerebrais e psíquicos, e o os sonhos também funcionam para esta atualização.
Vejamos: O Trem é composição que anda no limite dos trilhos, em suspensão é paradoxo. Considere a representação simbólica, já que na realidade o domínio dos campos eletromagnéticos já nos permite considerar a elevação, suspensão do trem; Janelas grandes mas Fechadas; dificuldade de fala verbalização em inglês; Sonhar, abandono, e escrever, registrar realidade;  O que eu percebo são esses extremos. E o corpo no meio regulando o nível de tensão de acordo com a realidade que se lhe apresenta.
“O trem parou em frente uma praça redonda grande com um enorme chafariz no centro”.
            “Trem dos sonhos é a imagem da vida coletiva, da vida social, do destino que nos carregam, evoca o veículo da evolução que dificilmente tomamos na direção certa ou errada, ou que perdemos; simboliza uma evolução psíquica, uma tomada de consciência que prepara a uma nova vida”
Praça Redonda - A imagem é arquetípica e utilizada para realizar a restauração do equilíbrio psíquico, ordenação, reconfiguração ou mantê-la quando já existe. É uma representação Mandálica. A mandala é uma imagem do mundo, de ordenação do mundo, uma configuração espacial, representação e atualização das potencias divinas. É uma imagem psicagógica, o termo é grego e designa o guia da alma pelo melhor caminho. A mandala é também uma imagem Sintética e dinamogênica, que representa e tende a superar as oposições do múltiplo e do uno, do decomposto e do integrado, do diferenciado e do indiferenciado, do exterior e do interior, do difuso e do concentrado, do visível aparente ao invisível real, do espaço-temporal ao intemporal e extra espacial.
O amarelo é ctoniano, energia, solar  emerge do negro, rompe o espaço está no centro o universo, é cor do imperador e da iluminação.
Observe este sonhos eu apresento dois caminhos:
·         Entrada pela vertendo do símbolo;
·         Entrada pela repetição dos símbolos como mensagem.
O significado dos símbolos reforça o conceito de leitura da mensagem.  Quando se pensa que os sonhos podem apresentar dificuldades em sua elucidação, eu percebo que a intenção do inconsciente é uma busca permanente para se fazer entender, seja através do símbolos ou seja através da mensagem subjacente e intrínseca de ocorrências dos fatos, repetições. Existe uma mensagem intrínseca que supera o significado dos símbolos. Os símbolos podem servir para reforçar a leitura da mensagem, como referência de que a leitura não esta equivocada. 
                                               OK?  BYE.

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