sexta-feira, 30 de outubro de 2009

JULGAMENTO


Olá, sou eu outra vez. Vamos aos meus sonhos: Primeiro sonhei que havia ido numa aula experimental de natação, mas além de achar a piscina muito pequena, a professora estava demorando muito para chegar, de forma que deitei num dos bancos e comecei a dormir. Quando a professora chegou, eu estava com muito sono e nenhuma vontade de fazer a aula. Mesmo assim acordei, mas fiquei apenas olhando e, meio zonza, perguntei a mim mesma se por acaso havia levado o biquíni e parecia não saber a resposta. Enquanto faziam alongamento dentro da água, uma mulher prometeu ser a ultima vez e deu um pulo dentro da piscina de roupa e logo em seguida saiu. Fiquei sem entender que bobeira era aquela da mulher de mergulhar a toa como se quisesse apenas molhar os trajes. Em segundo eu fui levada presa, mas a prisão era numa espécie de praça na beira da praia, sendo que eu tinha de ficar sentada virada de costas para o mar e de frente para o calçadão. Eu estava lendo um manuscrito e atrás de mim havia uma moça sentada. Nisso passou um carro e parecia ser a mãe dessa moça. As duas conversaram algo e, quando o carro foi embora, tentei puxar conversa com a moça e disse inclusive que ela não me era estranha, mas ela não quis de jeito nenhum conversar comigo. Na seqüência apareceu um guarda com mais dois prisioneiros e eu também os conhecia, pois já os vira preso na outra extremidade da praça. Mas numa tentativa de comunicar-me com alguém, perguntei ao guarda se aqueles eram os dois presos que haviam estado lá anteriormente e, conforme já sabia, a resposta foi sim. Nisso a moça que estava emburrada começou a reclamar dizendo que era inocente e comentei que eu também era, mas que não adiantava ficar dizendo isso. O guarda então me questionou: ‘se você é mesmo inocente, porque aceitou tão facilmente estar presa aqui?’ Respondi-lhe que não tinha medo de nada, exatamente por ser inocente. Além disso, acreditava que se estava ali deveria haver um propósito maior e melhor decorrente de tudo o que estava me acontecendo, pois não há sofrimento eterno e a justiça sempre é feita para quem acredita nela. Disse que não me importava de forma alguma o fato de estar presa, pois tudo em minha vida era aprendizado e ali continuaria sendo, independente de não ter feito nada de errado. Além disso, pensei sem dizer: ‘e ficar presa num lugar desses não é sacrifício nenhum’. Assim ficou a conversa e depois eu fui levada para uma espécie de casa com acabamento externo inacabado, mas num local muito bonito que parecia um parque. Novamente ia ficar presa num local maravilhoso. Ali eu não tinha que ficar sentada, podia andar por todo o local desde que não saísse da propriedade. Enquanto andava observei a enorme construção com a calçada ainda faltando uma parte para ser terminada. A piscina estava vazia e a pérgula ao lado estava enfeitada com algumas cabaças penduradas, de forma que olhando de longe pareciam abóboras. Havia vários vasos de plantas bonitas e, na frente, vários carros estacionados. No que fui andando para a parte da entrada da casa, que poderia ser um escritório ou até mesmo uma delegacia, fiquei receosa ao topar com um homem que saia dela, pois não sabia se podia andar tão próximo da casa, e fui logo disfarçando com a pergunta ‘onde tem um banheiro?’ O homem me respondeu indicando com o dedo que ficava lá adiante, atrás de algumas árvores. Enquanto me respondia ele jogou um molho de chaves para um pessoal que estava dentro de um carro cor de vinho e continuou procurando algo que imaginei ser a chave do seu próprio carro. Nisso o carro vinho que estava saindo deu uma pendida numa vala do chão quando foram fazer a virada, mas apesar do susto, conseguiram sair depois. Era uma vala comprida que por certo serviria para passar algum cano de esgoto. Fiquei me questionando quem seriam aquelas pessoas e qual deveria realmente ser o propósito de estar ali. Depois disso não lembro mais nada. o que me diz a respeito

Carlotinha, na escola aprendendo a nadar e fazendo alongamento. “Fiquei sem entender que bobeira era aquela da mulher de mergulhar a toa como se quisesse apenas molhar os trajes”. A associação que faço está relacionada ao batismo, não importa como o batizado está trajado, ou como ele se joga, mas o mergulho pode estar relacionado ao simbolismo do mergulho nas águas primordiais, o retorno do filho às origens cósmicas, ao divino. Naturalmente se olho com o olhar dessacralizado, ou profano, posso sentir como bobagem, até mesmo com criticidade e posso não enxergar a dimensão do evento. Você procura a roupa adequada (o biquíni), a adequação para o seu propósito e esquece que o propósito alheio tem suas próprias razões. Isso pode significar “não julgue”, não incorra no erro de julgar pelas aparências, cuidado com os eventos que nos rodeiam, muitas vezes a ilusão nos engana, ou podem nos direcionar a conclusões equivocadas.
A sequência do sonho reforça essa ideia com o diferencial da troca de papéis, você passa a assumir a condição de “julgada”. Está presa, detida, e tenta se explicar, mostrar que é inocente. Está tranquila, se sente tranquila porque se sabe inocente mas sofre a ação da injustiça, da incompreensão, da ação alheia. Sua resposta é positiva, sua atitude é construtiva você se percebe: “não tinha medo de nada, exatamente por ser inocente. Além disso, acreditava que se estava ali deveria haver um propósito maior e melhor decorrente de tudo o que estava me acontecendo, pois não há sofrimento eterno e a justiça sempre é feita para quem acredita nela.”. Saber isso é saber que passamos ou passaremos por situações inevitáveis, e que toda a trama faz parte dessa possibilidade que a vida nos dá de aprimoramento. Mas isso não é o bastante. Porque se podemos suportar os desígnios da vida temos que além disso não aplicar a mão severa do julgamento no desígnio alheio. É necessário aplicar para o outro aquilo que consideremos o ideal para nós, e escapar da armadilha de ter dois pesos e duas medidas, um para nós e um para o “outro”. O que quero dizer-lhe é que quando aplicamos a “idealização” em nossa vida, no dia a dia, aprendemos a escapar dessas armadilhas que em geral aprisiona a todos, por que a maioria assim escorrega. E a terceira parte, a conclusão, ainda me parece associada à questão do “não julgamento” ela me parece associada ao desastre, ao “acidente”, que pode ser o fechamento da mensagem as consequências dos nossos atos, escorregar na vala comum dos esgotos escondidas sob a terra. Que lhe parece? Quanto às figuras a associação que faço é com o principio masculino, o princípio de realidade, as referências que você tem na realidade. Deixo de avaliar símbolos que aparecem (chave, banheiro,etc.) e ficar, a princípio, apenas na idéia central. Se não achar sentido, me comunique para que possamos avançar na busca.

Um comentário:

  1. É bastante válido o que falou sobre o sonho e os julgamentos. sou flexivel para me julgar, mas quanto aos outros nem sempre é assim. é dificil aceitar aos que pensam e agem diferente, pois mais que se deseje respeitar tais pessoas, no fundo no minimo acabo achando-as tolas como na mulher do sonho que entra na piscina de roupa. Tenho aqui mais um sonho: Não lembro o que sonhei inicialmente, mas pouco antes de acordar eu estava numa casa bonita, mas bem diferente. Não sei de quem era, mas eu parecia tranqüila lá dentro até o momento em que entrei por uma espécie de cômodos secretos cujas portas de levantar estavam um pouco emperradas e eu tinha que agachar para passar. Achei interessante aquilo e não me importei, mas na volta, quando estava indo embora, percebi que a passagem da escada, a qual impressionantemente era feita de tecido, estava despregando a costura e não dava para pular, de forma que eu fiquei presa sem ter como sair. Mas eu estava disposta a dar um jeito e sair dali de qualquer maneira. Não seio que sucedeu, mas depois disso eu estava noutro cômodo, não sei se na mesma casa, e troquei vários beijos com um homem de uma forma muito intensa e até lasciva. Senti inveja de mim mesma naquele beijo como se soubesse que aquilo era só um sonho. Havia outro casal que se preparava para tomar banho e eu me sentia bastante natural e à vontade. Quando o homem com quem eu trocava beijos foi embora ou foi buscar algo, não sei, eu procurei água para beber, mas daí eu notei que só havia um ultimo copo de água filtrada. Não quis tomar, pois eu me sentia como uma visitante e não tinha tal liberdade. Também não sei o que aconteceu nesse meio tempo de sonho, mas na seqüência eu fui à padaria acompanhando alguma pessoa que não sei definir quem era. Essa pessoa, que era uma mulher, comprou algumas quitandas e na volta ofereceu-me um café e eu aceitei. O café ali saia da maquina de graça e por isso, muitas pessoas faziam o lanche no próprio lugar. Apesar de termos tomado o café, ela disse que iríamos comer em casa. No que terminei de tomar meu café percebi que havia perdido um pé do meu chinelo e já era o segundo par que perdia ali, sinal de que era a segunda vez que ia naquela padaria. Nisso ela me mostrou uma caixa de achados e perdidos e lá encontrei tanto o pé do chinelo com que estava quanto o outro par perdido outrora. Fiquei feliz por encontrá-los e poder pegá-los de volta, só que, enquanto tentava guardar o chinelo que perdera outrora na bolsa e me retirava da padaria, a mulher que estava comigo já havia ido embora e, apesar de saber que já tinha ido ali outra vez, não lembrava o caminho de volta para a casa dela. Fiquei olhando para a rui inclinada. Tinha impressão que o caminho era descendo, mas também tinha a sensação de que deveria ser subindo e não conseguia de forma alguma saber para onde ir e nem entender porque ela não me esperara. Nisso acordei. tem como saber se meus sonhos continuam naquele mesmo patamar de antes? eu queria ter sonhos diferentes, mais interessantes talvez, ou que demonstrassem algo positivo, que representasse um crescimento pessoal ou algo assim...

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