segunda-feira, 19 de outubro de 2009

SEMNOME 1ªpart



Eu, dentro de um ônibus, sentada na parte mais próxima a porta de entrada dele. Via a rua lá fora pela porta. Duas meninas, que reconheci como amigas, me sinalizavam, abanando as mãos, dizendo que era pra eu descer. Eu, achando aquilo meio estranho, fiz cara de quem não estava entendendo. Ela diziam: "Como? Mas como vc acha que vai a algum lugar de ônibus? Não está vendo a confusão lá fora? Vc tem que descer!!!" Quando eu desci, me vi numa grande avenida, como se eu estive tendo uma visão de quem está quase no cruzamento dela, meio na esquina de uma rua, junto delas (amigas) e lá longe, via milhares de cabecinhas de pessoas, como se fosse uma procissão de pessoas, uma multidão. Lá é que elas indicavam o perigo. Diziam que não podíamos ir naquela direção, que tínhamos que procurar outro caminho, pois onde aquela multidão passava, tudo pegava fogo. Fomos então andando pela rua que eu disse que era a esquina que eu me encontrava após descer do ônibus. Ia andando rápido com elas, não sentia medo, estava apenas atenta. Olhava envolta e via uma rua comum, como se fosse do centro de Belo Horizonte, plana, arborizada. Só tínhamos nós andando por ali. Parecia que o dia já estava caindo e quando olhei para o alto, tive um alerta de uma delas: "cuidado, o fogo!" Quando olhei de novo, o fogo se aproximava pelo alto das árvores, causando curto nos fios de lata tensão. Elas se separaram, cada uma correu para um lado. Eu fiquei relativamente calma. Vi o fogo passando forte, imenso pelas copas das árvores, ma não chegava ao chão. Os fios de telefonia se arrebentavam, chamuscavam e suas pontas passavam próximas às meninas que fugiram. Eu não sentia medo. O fogo não me pegou, os fios tb não. Apenas ficava muito atenta para que isso acontecesse. Segui.
Fogo: Assim como o sol pelos seus raios, o fogo simboliza por suas chamas a ação fecundante, purificadora e iluminadora.

A relação imediata que faço é abandono do movimento dinâmico para a movimentação dinâmica de sua vida com seu próprio esforço. Entendeu? Associação: você deixa o ônibus, força mecânica e coletiva e passa a andar com suas próprias pernas. Multidão= coletivo; Massa=coletivo; ônibus=coletivo. Você abandona a dinâmica coletiva e inicia o movimento pessoal com seu próprio esforço. Existe uma força coletiva em você que mobiliza a sua energia. O fogo quando sob controle trás benefícios quando incontrolado promove destruição. Força construtiva e destrutiva, o coletivo é primordial e precisamos aprender a tirar o melhor proveito dele, mas ele pode ser gerador de indiferenciação, mistura. Melhor ter a energia, mobilizar sua dinâmica pessoal e participar do coletivo diferenciada e não indiferenciadamente. Fogo e ar, fogo celeste. Para quem sai da água estagnada é um grande avanço, Lembra-se?

2 comentários:

  1. Só tenho a agradecer o esclarecimento dado e me impressiona, em todas as fases dos sonhos (1,2,3,e 4), a coerência que existe na interpretação entre o real que vivo, o hoje, e o que está no meu inconsciente alertado. Muita coisa no final das contas para serem digeridas! Mas fico feliz com o esclarecimento. Muito Obrigada Eduardo!

    ResponderExcluir
  2. Olá Eduardo... Ontem eu acordei muito cedo e por volta de umas dez horas me bateu um sono muito forte. Costumo ter esses repentes de sonolencia. Eu deitei e apaguei na mesma hora. Quando meu marido me chamou eu acordei assustada, tinha cochilado meia hora, mas acordei achando que havia dormido o dia todo, à noite e já estivesse amanhecendo noutro dia. Nesse intervalo de sono eu sonhei com muita perfeição que levava uma maca com uma pessoa inconsciente. Essa pessoa, que eu sabia ser um homem, estava todo coberto com tecido não-tecido levemente azul como se fosse um cadáver, mas eu sabia que ele estava vivo e sua cabeça fora coberta para poupar os demais pacientes do hospital de ver a situação daquele doente que tinha um tubo indo da boca, passando pela traquéia e indo até os pulmões. Havia alguém me acompanhando e conversávamos enquanto eu empurrava a maca. Eu disse: Ainda bem que o paciente não é obeso, senão teríamos que ter chamado o corpo de bombeiros. Nisso fui virar o corredor e pedi auxilio para essa pessoa que estava comigo para retirar uma senhora que estava numa cadeira de rodas, pois do outro lado havia mais um paciente numa maca e não dava espaço para passar pelo corredor com ambos ali. Foi nessa hora que meu marido me chamou e acordei. Foi um sonho muito real e eu levava aquele enfermo com muita naturalidade como se fosse uma médica acostumada àquilo. Não tinha nada a ver com a pessoa que sou hoje, que raras vezes teve contato com hospital ou pessoa doente. Será que motivo me levou a sonhar com isso?

    ResponderExcluir