sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O SONHADOR

  

A experiencia que vivemos todas as noites provavelmente seja o período onde mais nos aproximamos  do nosso tamanho real frente ao universo. O universo onírico mostra a cada noite que estamos inseridos dentro de  um plasma, um espaço contínuo onde não conseguimos precisar onde estamos, ou o tempo em que estamos,  o fluxo do tempo, ou a dimensão do que estamos inseridos. Praticamente somos conduzidos ao bel prazer da vida, para onde e como ela quer, com pouquissímas possibilidades de interferir com o poder de nossa vontade.
O estranho é que no universo da vigília, que amplifica um pouco mais a consciência,  aumentando o controle da vontade, temos a sensação de uma dimensão mais pontuada, mas que representa apenas uma ilusão do poder que pensamos ter, já que essa dimensão também é absolutamente misteriosa e desconhecida.
Essa sensação de conforto ilusória proteje a frágil consciência de se pulverizar no Pânico de se perceber num universo inimaginável, em força, tamanho e dimensões.

Daí que, se pudermos aumentar a consciência dentro do sonho, e o podemos, não para interferir mas para ter consciência, poderemos fortalecer os mecanismos de resistência  que nos mantêm ligados à realidade e à vida que vivemos.
A questão é delicada. Tudo no nosso entorno favorece a dispersão, os baixos níveis de consciência, de nós mesmos e do mundo, e nossa conexão com esse universo. A vida é essa conjugação que nos permite ser testemunhas desse universo fantástico. Se fortalecermos essa conexão com o universo, aumentamos a nossa compreensão da vida e de nós mesmos, conseguiremos favorecer a aglutinação que facilitará interagirmos de maneira ´mais sincronizada, harmoniosa e consciente com este mundo em que vivemos.
O oposto e o distanciamente e nos perdermos na ilusão do passado ou no encantamento do futuro irreal.
A Consciencia existe apenas no presente intemporal e transcenental e é nossa função amplificar essa consciencia para que realizemos o nosso destino neste universo.

Aí vem a pergunta chave: 
E como podemos fazer isso? 
Simples: Basta que nessa dimensão, em que  temos um pouco mais de consciência, 
amplificá-la, trazendo-a para o PRESENTE ABSOLUTO. 
Quando fortalecemos a consciência do Presente, 
abandonando os escapes, para o passado ou para o futuro, 
diminuímos os lapsos, os intervelos, esses vazios de consciência
 e aproximamos as margens produzidas pelos estados instáveis da energética do universo que interferem em nossas funções.

Em geral, esses espaços vazios de consciência, produtores de
  vagalhões de ausência, são preenchidos pelo imaginário, fantasias,  ilusões, 
associados à imagens do passado ou à expectativas de um futuro idealizado, desejado.
E a forma como o individuo funciona a consciência permite que a estrutura mental se utilize desses espaços vazios para preenchê-los com conteúdos que aumentam o conforto demandado pelo desconforto que o sujeito se impõe na suas forma de responder e de se relacionar com a realidade. 
O inconsciente tambem tem poder de entrar neste vazios
 para impor pensamentos ou mensagens que quer que sejam consierados, bem como núcleos autônomos e /ou desgarrados da consciência.

Quando fortalecemos a vivência mental inundando-a com o Presente Absoluto, temos a possibilidade de diminuir esses vagalhões, diminuindo o desconforto, aumentando a consciência de nós mesmos.




Um comentário:

  1. Sonhei que estava em uma espécie de clínica , ou "pronto atendimento" de hospital,assentado em uma daquelas cadeiras com apoio para se retirar sangue, onde já tinha estado antes para um procedimento médico menos radical, que não tinha dado certo.Seria pois um retorno.
    Chegou então uma enfermeira, que era a mesma que havia me atendido da outra vez,e mandando que eu esticasse meu braço esquerdo, pegou um bisturi afiado e, na altura do pulso, talvez um pouco acima,fez profundo corte contornando-o de fora a fora, como se fosse decepa-lo.
    Virei o rosto para não ver, mas, mesmo não sentindo dor, percebi o sangue esguichando aos borbotões.
    Sabia que se ela não executase seu procedimento rapidamente eu poderia morrer.Era como se fosse uma luta contra o tempo.
    Mas após alguns minutos voltei a olhar e vi meu pulso e antebraço envoltos fortemente com esparadrapo e atadura, e já o sangue estancado.Me deu sensação de que havia sobrevivido.Estava aliviado.

    Galvão

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