quinta-feira, 8 de abril de 2010

DESCENDO DA CRUZ

  
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REFLEXÕES DE UMA JOVEM MULHER CHAMADA CARLOTA

 
"Sinto que quando agimos e mentimos por medo, damos mais força ao medo e as ilusões em nós do que a nossa coragem que precisa ser desenvolvida. Encarar o medo ou ignorá-lo é difícil, parece comprometedor demais, chega a parecer uma irresponsabilidade como se não estivéssemos dispostos a nos autodefender.


Mas percebo que muitas vezes queremos nos defender de neuroses que só existem em razões de nós as mantermos em nossa mente por conta de nosso ego disfarçado.

Muitas vezes nos complicamos numa perdição completa ao tentarmos apenas nos defender de um medo imaginário que nem sabemos se um dia se fará de fato real.


Nos boicotamos sem nem termos ciência disso.


Não é a toa que somos nosso pior rival, nosso principal inimigo.
Mas eu quero ser a minha mais sincera amiga, a minha melhor amante.


Eu quero ter a simplicidade de uma criança que inocentemente não se atormenta pensando em perigos daqui ou dali, que não se exige masoquistamente pensando que não sou boa o suficiente perante o mundo, que não se culpa quando faz uma travessura.
Eu quero me sentir segura por saber que sou protegida pelas leis da vida.

Eu quero me deixar livre para viver o que gosto com o senso de responsabilidade de ter optado por isso conscientemente, mesmo que minhas escolhas não satisfaçam as expectativas alheias e os outros me critiquem ou se apiedem de mim.

Eu quero ser mais mocinha do que vilã de mim mesma.

Eu quero apenas ter a certeza de que estou agindo de maneira correta perante os meus princípios e sentimentos, de que estou crescendo, amadurecendo, deixando as ilusões e carapuças para trás.

Eu quero apenas me encontrar no autodescobrimento e apaixonar-me pelo que sou em essência, pela criança que existe dentro de mim.

Quero apenas ter a pureza de coração que é inseparável da simplicidade e da humildade, que exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho..."

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  LÚCIDO!
BRAVO!!!!

VIVA A LUCIDEZ DA SAÚDE MENTAL!

Esse é o “CAMINHO”.

A vida só faz sentido quando vivemos

Em harmonia e plenitude sua significação.

E necessário interromper a celebração da crucificação,
onde nos sacrificamos num ritual arquetípico
de negação de nós mesmos.

                                                    Continua...

Um comentário:

  1. Sonhos dessa noite: Primeiro sonhei que minha mãe foi pegar o tapete da porta do banheiro e havia uma cobra dentro dele, entre o tecido de cima e o forro. Ela achou que a cobra não ia sair dali de dentro. Mas a cobra não apenas saiu como picou o pé dela e ficou agarrada a seu pé sem se soltar. Fui buscar um vidro para capturar a cobra pensando que ia ter de levar minha mãe num médico e mostrar-lhe a espécie a fim de que ela pudesse ser medicada corretamente. Embora exista a repetição da cobra nos sonhos, nesse caso a ameaça e tensão pareceu estar mais voltada para a figura materna do que para mim. Há alguma diferença de significado a ser analisada? Depois sonhei que estava dentro de um ônibus quando uma moça entrou acompanhada do namorado. Ela parecia bastante cansada e ele atencioso. Fiquei a observar a cena imaginando como seria se eu estivesse naquela situação. O sonho lembrado foi só esse, mas deixou alguns pontos reflexivos. Nunca me imaginei namorar um homem que não tivesse condições suficientes para ao menos ter um carro. Algumas vezes até tentei namorar rapazes de condições precárias, mas minha mãe criticava tanto que eu no final acabava dando razão para ela de que não valia à pena. Claro que na verdade não existia amor de fato nas tentativas iniciais de relacionamento, pois caso contrário eu pressuponho que não deixaria de viver um amor com alguém por uma justificativa tal banal. Entretanto, sempre fiquei com a idéia pré-concebida do tipo de homem que podia estar dentro das minhas expectativas e necessidades.
    Há algum tempo venho tentando deixar isso cair por terra. Sei que o valor de uma pessoa está em sua moral, na índole de suas atitudes, mas na prática apenas isso nunca me foi suficiente pelo interesse de encontrar alguém que preencha aquilo que não tenho vontade de ser ou ter pessoalmente, mas que tenho vontade de vivenciar através de outra pessoa. Pior é que já tive experiências desgastantes por conta disso, mas o ego parece uma máquina de fabricar ilusões convincentes e expectativas de que o improvável pode um dia se tornar real. Voltando ao sonho, o carro é um exemplo básico de exigência do ego: não sei dirigir e nem tenho vontade de aprender, muito menos de ter um carro. Entretanto gosto (e gostaria) de usufruir disso através de outro alguém. A profissão bem sucedida é outro grande exemplo. Enfim, é quase a necessidade de estar com alguém que eu admire por ter e fazer aquilo que não tenho e não faço e nem pretendo ter ou fazer, mas que por vezes me cobiça o ego. Há um tempo atrás eu jamais olharia para um casal de namorados dentro de um ônibus e ficaria me imaginando em tal situação, entretanto, em tal sonho, (não sei se na realidade aconteceria o mesmo), eu provoquei em mim uma espécie de re-análise da minha própria situação, dos meus condicionamentos limitadores. Estou tentando ver as coisas por outro nível de análise e daí eu fico pensando que talvez eu possa me sentir muito melhor com alguém como eu, mesmo que isso possa geral uma vida de privações materiais, do que me limitar a ilusões que, realizáveis ou não, serão sempre ilusões. Estou tentando acordar sozinha para a simplicidade da vida e deixar de ser uma branca de neve a espera de ser acordada através de um príncipe encantado. O sonho seria um indicio dessa necessidade de modificar meu condicionamento frente aos relacionamentos ou será que já é uma demonstração do início dessa mudança?

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