sexta-feira, 30 de abril de 2010

SONHO E CONFRONTOS II


    
O sonho lhe propõe um desafio coletivo: Competir. Competir é ação natural, retrato da sociedade moderna; retrato da presença humana na escala de evolução, na teoria evolucionista, retrato do mundo animal. Somos bem sucedidos como espécie porque a natureza nos brindou com uma capacidade competitiva que nos fez vitoriosos. Os princípios do teste, em equipe, são indicados: competência e afinidade.

Como exige afinidade posso pensar em suas relações sociais e possivelmente familiares. Entrar no túnel, já vimos, é ritual de passagem, transição, mudança de margem, de estado de consciência. SUPERMERCADO é mercado, relações sociais. Participação social, coletividade. Seu carro é você. Você está só... SÓ... Conta com você,

Primeiro desafio:
SE LANÇAR NO ESPAÇO!

AVENTURAR-SE!

Se jogar no espaço escuro. Não me parece que seja se jogar no espaço de seu lado escuro, isto você já faz, jogando luz no seu lado sombrio, no escuro. Tambem não parece-me que seja voar, como fuga. Se voar pode estar relacionado com fantasias e suspensão, se jogar poderia parecer intento de suicídio, coisa que não acredito. Parece-me mais o espaço desconhecido, arriscar-se no escuro, onde não tens controle da situação: A vida! Assim o sonho te confronta com seus limites, suas reistências.

VOCE RESISTE! Aparece sua resistência, suas defesas, seus medos, seus bloqueios. A força da resistência atua eliminando a GRAVIDADE, te segura, trava, impede seus movimentos, sua autonomia, suas escolhas. Lhe impede o risco, arriscar-se.

E a mensagem é clara:

“Foi então que apareceu um homem malvado e me disse que na vida eu não conseguia nada porque era daquele jeito: me jogava e não me permitia cair, pois ficava presa a superfície, ao passado, ao medo, às mágoas. Fiquei muito mal ao escutar ele dizendo aquilo e tentei fazer força emocional para desvencilhar-me de tudo.”

Sua consciência, sua lógica, representada pela figura masculina, princípio de realidade lhe traduz os acontecimentos, você reage e mobiliza energia para mudar a passividade, os limites, a incapacidade de mover-se. Busca forças para romper sua resistência.

Você rompe as amarras, se lança, supera seus limites e se lança no espaço e aí...:

Você abre mão do controle e encontra o domínio sobre si-mesma. Supera o medo de morrer e se descobre mais viva do que nunca, tendo o domínio em um cenário, em um meio que além do seu poder o AR e dentro de uma realidade que antes lhe era desconhecida. Voce se descobre nadando, no ar, ou voando, ou descobrindo um novo plasma no espaço que antes assustava mas que agora domina.

É exatamente essa a experiência que experimentamos quando nascemos, passamos por um túnel e ao invés de morrer nascemos num novo mundo. Também é assim que vivenciamos a ansiedade de aprender a andar, ainda bebês. E assim aprendemos a andar de bicicleta. Etc. Superar limites é sempre um desafio, é ter que superar nossas dificuldades e o despreparo pessoal.

Essa é a vida para romper com o passado,

precisamos nos arriscar no presente

e nos descobrimos transformados no futuro.

Nunca mais seremos os mesmos.

Eu me lembro de Kierkegaard:

“Arriscar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar é começar a morrer.”

A vida é assim!
Permanentemente nos exige.
 E quanto mais buscamos o conforto,
para fugir do desconforto, de ter que enfrentar os confrontos,
 mais nos matamos e nos anulamos.

Ah! um detalhe: todos nós estamos viajando no espaço, só não percebemos isso por estar limitados à realidade da terra e aos nossos filtros que nos protegem de um universo sensorial inimaginável. A psiquê tambem usa de atualização nesta relação do individuo com o seu espaço para regular as mudanças originárias a partir do sujeito. Neste caso, é como se o seu ponto de vista em mudança levasse a psiquê a refazer suas coanfigurações mentais para se adequar à novas referências de estado de consciencia. É como se um paraplégico voltasse a andar e a psiquê não se adequando continuasse a considerá-lo paraplégico.



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