sábado, 8 de janeiro de 2011

CAMINHOS RELIGIOSOS

A imagem ao fundo é a vista de um terreno onde espero
construir um Espaço para trabalhos Terapêuticos
e  Retiro Espiritual.


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Já tentei vários “caminhos” religiosos, mas nenhum deles me agrada cem por cento. Sinto falta de um exercício prático, como disse, e já experimentei um pouco de quase tudo, mas não permaneci por muito tempo. Gosto de ser cristã sem precisar ser dependente de uma determinada crença religiosa. Todas as religiões são válidas e sinto que umas complementam as outras, ao menos para mim. Encontro dificuldades exatamente por gostar de todas e, ao mesmo tempo, não encontrar uma que me preencha por completo. Pessoas restritas a uma única religião podem achar um absurdo, mas houve uma época em que eu saía da igreja católica na missa de sexta-feira, donde ajudava a cuidar da sacristia e organizava quem ia fazer as leituras da liturgia, e ia para o centro de umbanda donde ajudava como Iabá na cozinha e ainda era cambone. Daí eu ia no sábado para as reuniões da Seicho-No-Ie e no domingo ia ao culto da igreja quadrangular evangélica. Isso sem falar no centro espírita Kardecista que dia ou outro eu também frequentava e ajudava na campanha do quilo. Atualmente não estou tendo muito tempo para nada.



Nada de estranho. Apenas uma Católica Cristã Umbadista que em horas vagas bebe na fonte de Kardec e se regala na Seicho-no-ie. Isto é o que se pode chamar da riqueza do sincretismo brasileiro, amálgama de concepções heterogêneas que nem tão heterogêneas são. Assim como respeitamos todas as manifestações religiosas, Deus fala com todas as línguas, com todos os ritos e abre espaço para que os indivíduos possam se conectar com o divino independente de cor, raça, língua, ritos ou classe.

Eu por exemplo fui formado em Escola Católica, seria frade Franciscano e acabei como Psicólogo estudando religiões do mundo. Tento trazer para a minha vida o melhor do que aprendo vindo do Hinduísmo, Islamismo, do Budismo, do Zen Budismo, do Espiritismo Kardecista e até da Cabala.

O limite da minha ignorância é a insatisfação com o meu conhecimento.

Estamos no tempo da síntese. A Era de Aquárius ≈ exige-nos essa síntese, a integração do saber, e se no passado, na história humana, a verdade, foi captada de forma diferenciada resultando em múltiplas manifestações religiosas, no presente coube-nos o Holismo, Hoje a diferenciação foi superada, vivemos uma globalidade arquetípica, que tende a permitir aos homens uma aproximação de estados de consciência. O coletivo nos empurra para uma unificação? Não a unificação massifica que elimina a singularidade pessoal, mas a unificação que permite a todos a compreensão mais ampla e plena dos significados da existência e do universo.

Períodos de transição são assim: Muitos se encontram em um conceito, de uma forma tradicional, e são felizes com o que encontram. Muitos outros se encontram na busca permanente de sentido existencial, que os levam a múltiplas facetas e conceitos religiosos. E outros tantos rejeitam o tradicional e desacretitam na buscas, se encontram no vazio, na negação dos ritos e da tradição porque não conseguem se libertar de seus espíritos críticos ou da rigidez mental em que se protegem. Na transição somos assim... Múltiplas diferenças.

Há anos que acredito que o essencial é viver a Religiosidade, manifestar uma atitude religiosa, diante dos outros e da vida. E isto pode ser o bastant. Assim, por vezes, a vida nos dá a oportunidade de partilhar com os outros a fé comum diante do Divino... Um flash de magia universal. Um portal se abre, numa vibração estonteante, harmoniosa, uma sensação única,  e pessoal ou em conjunto experimentamos momento especial, transcendental, além dos conceitos e ritos das religiões construídas pelos homens.

É apenas uma chave que nos conecta diretamente com o divino.

Encontramos-nos, neste novo século, em busca de novas formas de viver mais plenamente essa religiosidade, mas antes de tudo, essencial é que possamos através de uma postura religiosa, diante do universo, encontrar as respostas que necessitamos para vivermos de forma integrada a existência pessoal.

Não podemos e não devemos relevar o passado e a construção arquetípica que herdamos. É uma referência extraordinária, que indica e prenuncia caminhos,  mas o nosso olhar pode ser liberto para focar objetivos, descobrir e conquistar outras formas de conexão com o divino que este presente nos possibilita, sem medo de sermos queimados na fogueira dos banidos. O conhecimento humano acumulado nos permitiu a sintese e a descorberta destas novas chaves, assim, cada um pode encontrar o caminho que melhor se adequa à sua natureza e singularidade. 

SOMOS TODOS FILHOS DO  PAI E DA MÃE DIVINA.

Ψ


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