Num segundo sonho eu estava quase chegando em casa com minha mãe quando ela falou para eu entrar na casa da vizinha da frente e me trancou lá dentro. No que fui adentrar na casa para conversar com a vizinha e pedir a ela que abrisse o portão novamente, verifiquei que aquilo era uma festa surpresa para mim, mas ao mesmo tempo não era para mim e fiquei nessa dúvida. Pensei que poderia ser uma surpresa para meu aniversário ou então uma festa de despedida da filha dela que ganhou um curso de pesquisa da faculdade e ficará um ano em Portugal. Havia muitas pessoas desconhecidas dentro da casa e esta era totalmente diferente da moradia da vizinha que um dia conheci. Os moveis eram de madeira escura talhada e de estilo bem antigo. Na sala havia um bolo gigantesco e várias crianças. Pensei que aquilo só podia ser armação da minha irmã. Conforme ia passando pelos cômodos eu cumprimentava as pessoas e não sei até que ponto elas eram conhecidas ou desconhecidas, mas me sentia bastante à vontade com tudo. Essa vizinha já trabalhou fazendo quitandas e bolos decorados para vender e, creio que duas vezes quando era criança, foi a ela que minha mãe encomendou bolo para minhas ‘festas’ de aniversário. Ninguém disse que a festa era para mim e não sabia se podia me sentir a homenageada. Quando cheguei num dos cômodos do fundo, o qual eu não sei dizer o que era ao certo, talvez uma intermediação entre a sala e a cozinha, havia algumas jovens e todas elas estavam anotando algo em agendas e cadernos. Queria perguntar a alguma delas se por acaso aquela festa era para mim, mas vendo-as tão compenetradas não quis atrapalhar. De todo modo e, não sei porque, eu sabia que todas elas estavam anotando seus sonhos. Pensei que devia fazer o mesmo, mas não tinha nada em mãos.
No sonho você é lançada num determinado cenário inesperadamente e a dúvida reaparece: HOMENAGEM X APRISIONAMENTO; CONFIANÇA X DESCONFIANÇA; INESPERADO NEGATIVO X SURPRESA POSITIVA; CELEBRAÇÃO X MERECIMENTO. Está claro que você possui jogo de cintura, maleabilidade, flexibilidade e que isto lhe favorece sobreviver em um cenário ameaçador (?), de desconfianças. Ou será que o ICS está chamando a atenção para um detalhe: não adianta ter apenas a maleabilidade como reação ao imprevisível, ou jogo de cintura para se adequar, É necessário se prevenir para evitar situações de perigo, conflito, ameaça, ou situações constrangedoras. Uma característica se realça, você foca o positivo, parece-me otimista. Existem os que focam o negativo e os que focam o positivo. Quem foca o negativo sempre se protege do pior, mas acaba mergulhado na frustração. Quem foca o positivo procura tirar proveito na situação, mas muitas vezes corre o risco de sistematicamente evitar a realidade. Só viver aquilo que quer VER. Neste momento me lembro do pai que tinha dois filhos, o Pessimista e o Otimista. No natal, ele presenteou o pessimista com uma bicicleta e o menino saiu reclamando que não tinha gostado, iria cair, se machucar ser hospitalizado e o otimista recebeu uma caixa. Quando o garoto abriu a caixa encontrou cocô de cavalo, e já saiu gritando; - Cadê meu cavalo? Você pode estar com atitudes que realcem tanto o seu otimismo compensatório que acaba vendo só o que lhe interessa. A atitude positiva e otimista é uma atitude que denota alta capacidade adaptativa, é ÓTIMA ISTA. Para você é mais interessante lidar com atitudes que sejam positivas partindo da sua mãe. Neste caso você mantém a imagem idealizada da boa mãe e não da mãe que aprisiona ou que lhe coloca em situações de provação e de dúvidas. Mas não se esqueça essa mãe que aprisiona é a mãe que mora dentro de você, que te limita. E faz você recuar diante de outras pessoas.
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