sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CAPÍTULOS DE UMA ESTÓRIA SÓ 1




  
1. Desculpe se estou lhe sobrecarregando de sonhos, mas conforme vou entendendo-os, parece que eles vão ficando mais claros e isso me faz ter mais atenção a cada lembrança onirica, como se fossem capítulos de uma história só.
Nada a desculpar, muito antes pelo contrário, agradeço-lhe a confiança neste diálogo entre dois semelhantes desconhecidos. Você vem enriquecendo este espaço e me dá a oportunidade de tentar passar para os que estão na “busca”, um caminho, um Portal para a compreensão de si mesmo. E a continuidade favorece significativamente o entendimento do mosaico, desse processo complexo que são os sonhos e que espelha a psique. Se não lhe dou um feed back mais rapidamente é porque preciso  aproveitar meus intervalos livres para fazer a leitura e postar nos outros blogs. Aproveito a oportunidade para dizer-lhe que mesmo leituras simples como estas, implica abordar temas delicados que tocam diretamente em suscetibilidades, caprichos, vaidades, orgulhos e que exigem do escutador uma postura franciscana para avançar e não ser enganado pelas pulsões reativas de núcleos autônomos que se apoderam de nosso sistema psíquico. Neste aspecto sua postura vem sendo madura e determinada, características de quem possui fibra para não ser apenas mais “um” na jornada.
Ah! Em um diálogo os dois interlocutores são importantes, os papéis podem ser diferentes, mas os dois possuem a mesma importância. Em nosso diálogo eu tenho por você o respeito que me tenho, eu lhe dou a importância que me dou. E tenho a agradecer-lhe o que recebo, no mínimo, tanto quanto você. Em minha jornada vi, e ainda vejo muitos que se acreditam mais “importantes” do que aqueles que os “outros”. Eles se escondem na vaidade e na “auto importância” que se dão para compensar suas inferioridades, vivem o Mito do EGO idealizado. Há muitos anos já superei estas máscaras.
Sua percepção é lúcida:
CAPÍTULOS DE UMA ESTÓRIA SÓ
É o que os sonhos são.
Vamos aos sonhos.

3 comentários:

  1. Mais um sonho que nao entendi: Sonhei que entrei num quarto meio apertado. Dentro dele havia uma enorme maquete representando uma cidade, região do mundo ou talvez até o planeta Terra como um todo. Havia muitas construções e ao centro destas um grande rio ou mar. A água era muito límpida e eu podia ver que no fundo dela havia milhares de riquíssimas construções submergidas intactas. Eu sentia que ninguém mais sabia daquilo ou se quer podia ver como eu via, tanto na maquete quanto na realidade. Comecei a dançar ritualmente ao redor da maquete como se estivesse possuída por forças maiores, tipo um índio dançando ao redor de uma fogueira num ritual de magia. Conforme dançava toda à parte submergida ia subindo até que pairou sobre um morro, ou seja, acima do nível de todas as demais construções. A água evaporou-se e fiquei imaginando o susto que o planeta, a cidade ou região teria ao constatar que, ao invés de água, tudo se transformara em construções de palácios todos de pedras, que pareciam as construções gregas antigas, e mansões cheias de habitantes de outra categoria evolutiva que se fariam visíveis aos olhos humanos. Embora não conheça a historia da Atlântida, uma vez quando era criança escutei falar nela e seria como se fosse esse continente ressurgindo do nada exatamente intacta e através dos meus poderes. Porque sonhei com isso?

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  2. Acabei de acordar e estava tendo pesadelos horríveis. Primeiro sonhei com vários casais que eram meus pais, como se fosse em minhas várias vidas. Para com alguns eu sentia muita raiva, para com outros sentia medo. Ia passando um monte de casais falando como se fosse um filme saído de dentro da minha mente, mas ao mesmo tempo era real e eu estava dentro desse filme. Eu me sentia mexendo muito na cama e escutava trovões muito fortes. Agora que acordei constato que caiu um pé d’água mesmo. De certa forma eu sabia que a chuva era fora do sonho, mas ela parecia me amedrontar com seu barulho como se estivesse lá dentro. Numa dessas famílias eu tinha muitos irmãos e fui dar um danoninho para um bebe que só devia tomar leite pelo seu tamanho. Ele comeu algumas colheres e não quis mais. Era uma irmã minha e dele que o segurava e ao lado havia outra jovem e um rapaz que também eram nossos irmãos. Contando assim parece um sonho normal, mas existia muita tensão, raiva e medo, mas não sei definir o motivo em si, mas sei que havia um motivo especifico para os maus sentimentos perante cada casal de pais. Num deles eu brigava com minha própria mãe e dizia para ela que eu também preferia ser uma pessoa muito resolvida e bem de vida, mas essa não era a realidade e eu dizia isso como se para mim fosse impossível fazer qualquer coisa para mudar os fatos. Foi uma briga horrível e não lembro mais os detalhes do que disse, só tenho a sensação vaga que após a discussão ela fez algo bem desagradável para me implicar.
    Depois disso eu estava numa espécie de local que não sei explicar o que era. Estava com alguns amigos e quando aproximei de um que estava mais isolado, fiquei horrorizada com a quantidade de lagartas amareladas que andavam no chão saindo de uma possa de água muito suja. Questionei a esse amigo como ele conseguia ficar ali e ele disse que já estava quase indo embora. Nisso veio outra moça que parecia ser sua namorada e saímos os três de lá. Nisso adentramos numa espécie de jardim que, embora parecesse ser algo comum, deu-me a impressão de ser maldito. Eu ia ir por um caminho quando esses amigos me convidaram para ir para algum outro lugar. Eu sentia algo muito estranho em todo aquele lugar, mesmo as pessoas parecendo tranqüilas. Não sei o que sucedeu depois, mas sei que apareci noutro local horrível. Havia uma casa construída no meio de uma espécie de floresta, embora tudo parecesse fazer parte de um palco de teatro e, no que fui entrar nessa casa, passei por uma gigantesca teia de arranha. Quando passei não sabia o que era aquilo e me desesperei, pois comecei a sentir inúmeras pequenas ferroadas nas mãos e rapidamente meu corpo todo começou a ser envolto por fios de teia até que os mesmos cobriram minha boca e nariz impedindo a respiração. Era impossível gritar e em segundos eu me vi morta quando uma mulher me pegou e puxou todas aquelas camadas de teias tecidas sobre minha boca. Nessa parte tem uma confusão, pois não sei se essa mulher era uma rival que queria me matar por conta própria de outra maneira ou se existia um homem que era o vilão a nos ameaçar. Só sei que por todos os lados aviam teias de aranhas e só restava eu e outra pessoa no local. Analisei tudo. As aranhas eram minúsculas, menores do que formigas, amarelas e de grande quantidade em cada teia. As teias grudavam no corpo como se estivessem com cola invisível e rapidamente as aranhas picavam e teciam a presa.

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  3. Continuação: Tentando sair do local que parecia uma armadilha, entrei em combate com esse homem ou mulher que queria me matar. Eu fiz de conta que entrei na casa, mas em verdade me escondera na lateral desta. Havia uma prateleira cheia de injeções amarelas e eu não sabia para que aquilo servia. Nisso a pessoa veio trazendo uma vasilha com um liquido também amarelo, acho que para jogar em mim. Desesperada eu peguei uma das injeções e caminhei passando por trás de uma das enormes teias que havia mais adiante. No que a pessoa correu atrás de mim ela sem perceber passou pela teia e instantaneamente parecia morta. Ainda para garantir joguei o conteúdo da seringa sobre seus olhos e cautelosamente procurei sair daquele local sem esbarrar em nenhuma teia. Ao sair eu adentrei num corredor estreito e ao final dele havia uma tabua pintada de vermelho com a escrita ‘teto solar 6 ½’ junto com a assinatura de seu criador e a data ‘5 anos’. Ali não havia nenhum teto solar no sentido literal do termo e achei tola à data de 5 anos, uma vez que não se sabia quando aquilo fora ali escrito. Também havia outras assinaturas que deveriam ser de pessoas amigas ou companheiros de trabalho da época. Meu nome não constava lá, embora eu tivesse a sensação de ter participado do grupo na época. Tive essa sensação pois, se assim não fosse, eu não saberia de tal passagem secreta. Era do lado dessa tabua vermelha, ou seja, na lateral do corredor que havia uma estreita fresta e foi por ali que eu fugi. Estava me sentindo como num filme de terror com final feliz. Acordei muito tensa e achei melhor escrever tudo isso antes de esquecer. Outra vez não entendo o que esses sonhos simbolizam.

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