terça-feira, 26 de janeiro de 2010

AFLORAMENTOS



imagem do Livro "Lugares Místicos"


Carlotinha 23

Mais um sonho que nao entendi: Sonhei que entrei num quarto meio apertado. Dentro dele havia uma enorme maquete representando uma cidade, região do mundo ou talvez até o planeta Terra como um todo. Havia muitas construções e ao centro destas um grande rio ou mar. A água era muito límpida e eu podia ver que no fundo dela havia milhares de riquíssimas construções submergidas intactas. Eu sentia que ninguém mais sabia daquilo ou se quer podia ver como eu via, tanto na maquete quanto na realidade. Comecei a dançar ritualmente ao redor da maquete como se estivesse possuída por forças maiores, tipo um índio dançando ao redor de uma fogueira num ritual de magia. Conforme dançava toda à parte submergida ia subindo até que pairou sobre um morro, ou seja, acima do nível de todas as demais construções. A água evaporou-se e fiquei imaginando o susto que o planeta, a cidade ou região teria ao constatar que, ao invés de água, tudo se transformara em construções de palácios todos de pedras, que pareciam as construções gregas antigas, e mansões cheias de habitantes de outra categoria evolutiva que se fariam visíveis aos olhos humanos. Embora não conheça a historia da Atlântida, uma vez quando era criança escutei falar nela e seria como se fosse esse continente ressurgindo do nada exatamente intacta e através dos meus poderes. Porque sonhei com isso?


Porque sonhei?  Nós podemos tentar ler o sonho para tentar compreender a intenção do seu inconsciente de construir tal sonho. Você entra em um quarto apertado e encontra um “continente” com construções de pedra emergindo das águas. No sonho anterior você se equilibra sobre a pedra bruta que gira, sob seus pés, e neste você observa a emersão de um novo velho mundo.
Parece-me um sonho que remetem a conexão com conteúdos profundos de inconsciente em sua vida. Rio ou Mar representam as águas primordiais e essa emersão parece-me a liberação de energia aprisionada, de conteúdos mergulhados nas suas profundezas. O movimento de emersão evoca uma força energética e deslocamento de conteúdo do profundo para a superfície. A água como um dos quatro elementos básicos da vida é o que mais se aproxima do que somos. Somos constituídos desse elemento, somos água, e o mar cujo simbolismo geral se aproxima do da água, é o símbolo do inconsciente. Nascemos desse oceano primordial e para ele retornaremos. O mar é símbolo da dinâmica da vida. Tudo sai do mar e tudo retorna a ele: lugar dos nascimentos, das transformações e dos renascimentos. Águas em movimento é o mar, o estado transitório entre as realidades ainda em fase de transformação e em configuração. Em síntese: fase de transição e de transformações, força nova, organizada e construída emerge do profundo e ascende, aflora à superfície subindo ao alto do cume.

Você diz: "...esse continente ressurgindo do nada exatamente intacta e através dos meus poderes". Para mim não ficou claro se essa percepção, associação, aconteceu dentro do sonho ou fora dele. De qualquer forma cautela. O conteúdo geral desse sonho é resultante do movimento de forças de inconsciente coletivo. Se a associação aconteceu dentro do sonho, como forma de poder, é compensação pela baixa estima a ser trabalhada. Se ocorreu fora, na reflexão, acordada, cautela na avaliação. O conteúdo parece-me coletivo e arquetípico, tem sua origem em núcleos profundos de inconsciente, e são conteúdos que são acionados por dinâmica de inconsciente ainda que possa ser manifestação após a superação, pela consciência, de obstáculos ou de avanço em grau de desenvolvimento.

Ao relatar seus sonhos, se atenha a ele e adicione a seguir as observações e associações  (importantissímas) que lhe passarem.  
 BYE  

2 comentários:

  1. Olá! Sonhei muito esta noite. Num dos sonhos eu estava subindo e descendo de um elevador de uma espécie de fábrica. Todas as vezes que o elevador parava e eu pensava de sair, algo me bloqueava e logo o elevador fechava e era chamado para outro andar. A principio eu parecia estar me divertindo com o sobe e desce, mas depois os sentimentos ficaram obscuros e negativos. Num determinado momento comecei a ficar agoniada e, quando pensei que já estava com a coragem suficiente para sair daquele recinto fechado, ele simplesmente se abriu por inteiro ficando apenas o fundo e a lateral da parte posterior. Pendurada pelos cabos de meio-elevador vi-me suspensa no alto de um enorme galpão preste a ser a atração de um desastre qualquer. Assustada eu percebi que iam colocar uma carga muito grande nele e então vi um trator vindo na minha direção com a carga levantada. Fiquei desesperada ao pensar que não deveria estar naquele elevador, como se estivesse fazendo algo proibido, mas sem jeito, não querendo ser esmagada pela carga que ia me achatar, gritei. Não lembro o que sucedeu.
    Depois disso os sonhos foram todos relacionados a envolvimentos com pessoas desconhecidas donde eu tinha uma postura séria, afetiva e tranqüila. As lembranças parecem confusas, mas sei claramente que abracei pessoas, consolei, estabeleci conversas olho no olho e expus pensamentos e sentimentos. Apesar dessas pessoas serem desconhecidas e não exercer em mim nenhuma reação física ou sentimental maior, eu conseguia dizer palavras sinceras, encorajadoras e firmes. Eu conseguia ser completamente afetuosa não como se gostasse muito de tais pessoas, mas como se procurasse me relacionar o melhor possível com elas. No sonho eu sentia uma mistura de alivio e surpresa por minha própria reação natural para com as pessoas. Poderia tranqüilamente ser um sonho compensatório, mas senti tanto dentro quanto fora do mesmo que, toda aquela experimentação de entrosamento humano, era como um espelho donde eu podia ver-me sendo alguém mais completa e resolvida, ou seja, uma visualização do que muito já busquei sem êxito, bem como uma espécie de afirmação interior de que já sou muito mais do que penso ser, mas, por motivos desconhecidos, estou bloqueada. O sonho de não conseguir fazer algo banal como sair do elevador, coisa que em vida real nunca aconteceu, pareceu sobrepor-se aos sonhos seguintes demonstrando que em sonho eu consigo a banalidade de bem me interagir, algo que na vida real fica apenas nos desejos e intenções. Isso foi tudo o que senti. Não sei se minha auto-análise está certa, mas estou tendo-a baseada nas próprias sensações oníricas. Embora não lembre com detalhe dos sonhos, as sensações aqui descritas ficaram fortes martelando em minha mente. Seria isso mesmo?

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  2. Olá.. meus sonhos parecem estar num patamar sentimental repetitivo. Primeiro sonhei que abraçava um rapaz meio franzino, mas que eu gostava muito e o chamava de meu irmão. Ele não era um irmão estilo protetor que muitas vezes idealizei de ter, mas eu sentia que isso pouca importância tinha, pois naquela cena senti que a protetora podia ser eu e senti-me bem. Eu queria passar carinho a ele, não porque ele explicitamente precisasse, mas porque eu sentia vontade disso e fazia-me bem demonstrar que queria seu abraço, bem como abraçá-lo e vê-lo bem. Eu estava sendo sincera perante meus sentimentos e sabia que aquela troca de afetos era benéfica para ambos e que, como qualquer ser humano, ambos precisávamos disso e nos sentiríamos melhores com isso. Interessante que eu repeti por três vezes a sentença ‘meu irmão’ como se para mim fosse inacreditável estar com ele naquele momento ou como se eu sentisse muita saudade dele. Embora na vida real esse irmão não exista, acho que poderia efetuar isso com qualquer pessoa que gostasse e bem quisesse de verdade, pois sempre acreditei muito nessa questão de irmandade humana. Em segundo eu estava dançando com outro homem que, pelos meus sentimentos, deveria ser apenas um amigo. Eu me sentia tranqüila mesmo que ele não fosse o melhor companheiro ‘pé de valsa’ do local, pois estava na posse de minha liberdade de expressão, de decisão e na autonomia de mim mesma por completo. Também sonhei que conversava com outras pessoas, mas não lembro direito. Só sei que os sonhos continuam sendo cheios de energia amistosa que me fazem acordar com uma sensação muito agradável. Isso é apenas compensação do que ainda não vivo, uma vez que ainda não sou alguém completamente expressiva e afetuosa, ou será um indicio favorável de que estou me fortalecendo para as mudanças necessárias de que tanto me empenho para conseguir?

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