sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CAPÍTULOS DE UMA ESTÓRIA SÓ 2



  

Observe o sonho dessa noite: Sonhei que estava num local donde tinha uma sensação maravilhosa e quando alguém me chamou para irmos passear eu pensei: ‘Num lugar desse nem precisava passear, só esse interior já me transmite algo muito bom’. Era o interior de uma casa, acho, e o ambiente me dava uma sensação de segurança, aconchego no estilo casa de inverno, liberdade, suspense, mistério e algo inexplicavelmente bom que não consigo decifrar, pois era uma residência normal como qualquer outra. Parece que eu havia viajado para outra cidade ou país e estava nessa casa que devia ser de algum amigo dessa pessoa com quem eu houvera viajado e que me chamou para passear. Nunca senti isso na vida real, mas dentro do sonho foi um sentimento preciso e difícil de traduzir em palavras. Depois disso eu estava noutro lugar com algumas pessoas, mas não lembro do lugar em si e nem das pessoas, só lembro que inexplicavelmente eu conseguia manter uma gigante pedra meio arredondada abaixo dos meus pés. Parecia um truque de ilusionismo, pois a pedra flutuava acompanhando os movimentos do meu pé. Eu não sabia como estava fazendo aquilo, mas tinha o jeitinho certo para ‘atrair’ e manter a pedra flutuando abaixo do meu pé.


Leitura 1º Sonho - Casa, aconchego, segurança, harmonia, bem estar, tranquilidade. Essa primeira parte parece-me que se não for um sonho compensando sua necessidade de bem estar, pode estar relacionado à sua dinâmica interna de ordenação, organização e harmonia e equilíbrio. O sonho evidencia o equilíbrio das tensões internas. Se considerarmos que anteriormente essas tensões eram dispares, “próxima de um ataque de nervos”, a dinâmica do momento aparece como estável o que lhe favorece o bem estar. Neste aspecto a sequência do equilíbrio em cima da pedra faz sentido já que a estabilidade pode ser adaptativa (o que é natureza da psique e do corpo) o corpo se ordena e configura o sistema em cima da realidade que possui, ele também se adapta no desequilíbrio, transformando o sistema em equilíbrio.
Pedra: Tradicionalmente a pedra ocupa um lugar de distinção. Existe entre a alma e a pedra uma relação estreia. Símbolo da Terra, da Liberdade, da Regeneração (da alma pela graça divina), e Transmutação (pedra filosofal). A passagem da pedra bruta à pedra talhada por Deus é a passagem da alma obscura à alma iluminada pelo conhecimento.
Outra associação que me passa é a lembrança do titã Atlas que foi condenado por Zeus a carregar a abóboda celeste por toda a eternidade como castigo por ter perdido a guerra contra o Olympus. A diferença é que você já não carrega a rocha você se equilibra nela. Querendo ou não você esta sendo desafiada, mas consegue manter-se com certo equilíbrio no desequilíbrio, no fio da navalha.



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