terça-feira, 10 de novembro de 2009

O TRONO


Foi muito bom o que escreveu sobre o sonho, pois faz sentido com outro que tive essa noite. De toda forma prefiro que você comente o que acha, pois a primeira parte das lembrancas eu nao soube analisar e é meio nojenta, mas dentro do sonho foi algo natural do qual não tive pudor ou vergonha. Eu estava chegando numa festa quando quis ir ao banheiro e alguém tirou uma privada de dentro do carro e colocou na calçada, no meio dos convidados da festa. Eu sentei nela e fiz o que tinha de fazer. Quando levantei a privada tinha se transformado numa cadeira estilo de balanço. Olhei para as fezes e visualizei grãos de milho inteiros nela. Sem entender como foi possível, dei descarga e a água escorreu fazendo as fezes desintegrarem-se, cair e rolar pela rua afora. Foi desconfortável ter que fazer isso, pois estavam chegando mais pessoas e elas perceberam que obrigatoriamente iam ter que pisar numa água de fezes para entrar no local. Entretanto tais pessoas não reclamaram. Depois eu entrei para comer e notei que haviam alugado um restaurante só para isso. A segunda lembrança foi mais tranqüila e divertida. Eu estava numa degustação de bebidas exóticas com vários amigos, pessoas só conhecidas no sonho, e acompanhada de dois homens. Um deles estava com ciúme do outro, mas expliquei-lhe que ia escolher aquele com o qual me identificasse mais, já que gostava de ambos da mesma maneira e, era por isso que estava aceitando tudo sem declarar minhas preferências. Nisso saí com um abraçado na minha cintura e ao passar pelo outro, o que manifestara ciúmes, lhe segurei na mão dando a entender que não estava desprezando-o. Estar com dois homens, embora tivesse a difícil tarefa de escolher apenas um, realmente fez-me sentir muito bem. O da cintura era mais musculoso, tinha charme e beleza de ator de cinema. O da mão me pareceu um conhecido de infância, claro que isso só dentro do sonho, cuja amizade sempre fora mais do que especial. Caminhei com ambos até um refeitório com muita comida. Embora não fosse em casa o refeitório, minha mãe estava lá e estranhou eu estar com dois namorados. O homem que me era um conhecido de infância reclamou dizendo que já não era o preferido do meu coração, mas garantiu que não ia desistir fácil de mim. Foi um sonho encantador!

Em princípio podemos didaticamente dividir o sonho em duas fazes: A chegada e a Festa.
A Chegada envolve o constrangimento de realizar suas necessidade em ambiente público. Neste momento me vem a lembrança de ouvir um comentário feito pelo Colunista Social Ibrahim Sued há mais de 30 anos atrás. Ele foi um profissional muito amado e muito criticado por uma elite que se considerava intelectual e acima dos mortais comuns. Em uma entrevista próximo à data de casamento de sua filha, ele foi perguntado sobre o conselho que ele havia dado a ela para que tivesse um casamento bem sucedido, e respondeu, se bem me lembro: “ Eu a aconselhei a nunca fazer suas necessidades frente ao marido. Que não permitisse a marido assistir tal momento intimo e pessoal”. Agora me passa que a história no passado descreve a realeza européia fazendo suas necessidade em público. O rei sentava-se num trono especial onde, assistido por todos que tinha acesso ao salão real, realizava suas necessidades. A grande maioria dos seres vivos realizam suas necessidades sem constrangimento onde melhor os apetece. Poucos são os seres que realizam essas necessidades com a sofisticação humana, agora que lembre apenas os gatos têm a “consciência” de escolher o local e acondicionar suas fezes.
Os excrementos “segundo Freud em sua experiência psicológica, com frequência associa-se o mais desprovido de valor ao mais valioso”. Considerados como receptáculo de Força, eles simbolizam uma potencia biológica sagrada que reside no homem, é produzida por ele e mesmo depois de descartada ainda pode ser aproveitada. Na fase do desenvolvimento humano desempenha fator da mais alta relevância na constituição de caracteres da personalidade que podem definir toda a história de uma pessoa pela vida.

E a relação do primeiro momento para o segundo pode estar na conduta em que envolve a suas relações sociais, afetivas e de envolvimento sexual. A festa é encantadora você envolvida e ladeada por dois homens. Uma variante de grande importância é a sinalização de vaidade contida no sonho. Seja pela conquista de dois machos, seja investindo muito na vaidade. Ou seja os dois homens podem não contar o que conta é o preço que se paga pela vaidade que se cultua. Pessoalmente penso que a grande sacada deste sonho pode estar no trono em Público e o constrangimento que aparece pela situação aparentemente invasiva, esconde o desejo de se expor, pela coragem, pela vaidade.  Chama a atenção o valor ambíguo das fezes, como dejeto e símbolo de sorte e fortuna, e daí surge a  primeira questão: Será que você vem gastando demais? Vem jogando suas riquezas na rua? Está desenvolvendo hábitos onde se exponha ao público de forma excessiva e inconveniente ou que posteriormente lhe cause mal estar, culpa e constrangimento? Reavalie suas condutas sociais para saber se socialmente você não vem se expondo mais do que devia. É possível que está exposição seja decorrente da manifestação da vaidade, reforçada pela conquista bisexual (dois homens). Um não satisfaz dois encanta e realiza. Reflita.
Se a vaidade estiver em evidência, resta um alerta: Cuidado com as armadilhas da vaidade, muitas vezes o preço que se paga é maior do que o prazer e satisfação e o retorno social. A Vaidade é insaciável.



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