terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PERSONA




Persona é o termo derivado do latim para a máscara usada por atores na época clássica, daí referir-se à máscara que um individuo constrói para se relacionar com o mundo.

Já escrevi que a consciência media a relação do inconsciente com o mundo, mas essa mediação se realiza inicialmente através da construção da persona que espelha o processo de sociabilização e de idealização do sujeito com o mundo.

Para Jung A Persona é um arquétipo significando que existe uma inevitabilidade e ubiquidade para a “persona”. Ubiquidade é a qualidade daquilo que pode estar presente em vários lugares ao mesmo tempo.

Na vida social existem exigências que favorecem o intercâmbio, que funcionam como identificadores que aproximam os indivíduos na formação de tribos e grupos, esta é a função da persona. A persona pode ser indicada como “arquétipo social” envolvendo todos os facilitadores próprios para se viver em comunidade, estas referências variam de em culturas e se transformam com o tempo.

A persona não deve ser entendida como uma manifestação patológica ou falsa. O risco patológico resulta de uma identificação exclusiva da pessoa com sua persona. Isto resulta de falta de consciência do individuo inflacionando o papel social (advogado, político, cantor, ator, médico, empresário), do papel sexual (mãe, pai) e falha no processo de desenvolvimento e maturação, dificuldade de adaptação ao meio social, etc. Essa identificação excessiva à persona leva à rigidez ou à fragilidade emocional. O individuo se confunde com o seu papel social. O ego identificado com a persona é orienta a partir dos acontecimentos externos, não percebe, anula ou releva os eventos internos. Ele se indiferencia e se transforma na persona que o media.

Se Anima/Animus mediam a relação entre ego e inconsciente a persona media a relação entre o ego e o mundo externo.

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