sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CONSCIÊNCIA DESPERTA




Mais uma vez estava eu na chamada “paralisia do sono” (andei pesquisando sobre isso). Creio que isso acontece quando estou com muito sono ou quando começo a dormir de barriga para cima (geralmente quando deito para descansar ou meditar, mas sem a intenção de dormir). Dessa vez eu tinha consciência de que estava dormindo, mas não tinha consciência de que estava sonhando. Eu queria acordar, não conseguia mexer nem um dedo, sentia-me prestes a ficar sufocada e acreditava estar espiritualmente fora do corpo, ou seja, estar presente na realidade através de uma outra dimensão dos sentidos. Só que eu estava apenas sonhando.

Então sonhei que havia um ninho de aranhas venenosas em baixo da cama e eu precisava acordar antes delas subirem em mim. Tentei gritar, mas a voz não saía. Psiquicamente (não sei ao certo como explicar) eu me mexia com desespero, mas isso não causava movimento no corpo em si. Depois veio minha mãe com o celular que estava pegando fogo. Ela precisava da minha ajuda, mas nada me acordava, sendo que fora da dimensão física corporal eu me sentia completamente acordada. Eu permanecia conscientemente acordada, mas sem a percepção de que todas aquelas situações e acontecimentos dramáticos eram ilusórios, irreais, meramente oníricos.

Esse sonho parece um bom contraste com aquele outro donde eu sabia estar dormindo, sabia estar apenas sonhando e tinha não apenas consciência, mas também certo controle, tanto que fui brincar com um gato. No desfecho eu relaxei e creio ter entrado em sono mais profundo, mas ainda assim, depois de pouco tempo acabei acordando. Tais tipos de sonho outrora seriam chamados de pesadelo, mas agora sinto que aos poucos vou aprofundando neles de maneiras diferentes e por vezes penso que falta-me algo (talvez não desesperar) para conseguir adentrar em sonhos lúcidos de forma mais amena.

Qual a real importância de sonhos lúcidos?

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CATALEPSIA PROJETIVA

Vamos por partes, só para não confundir. Toda ocorrência humana dentro ou fora do padrão envolve estudos e concepções médicas já que o homem é o seu objeto de intervenção. Assim, como fenômeno patológico abordado do ponto de vista biológico, não me cabe abordar a Narcolepsia e a variante sintomática de conceito médico-biológico da paralisia do sono, o que foge da minha formação, competência e direito de abordagem.

Posso abordar o fenômeno através de leitura simbólica do psiquismo no fato e avançar na compreensão como fenômeno de estudo Projetivo que envolve, não a área de projeciologia que é abordagem não psicológica, mas a abordagem que engloba o psiquismo do homem como um fenômeno existencial, de natureza biopsicofísica multidimensional.

Tenho a tendência natural de me desvencilhar de concepções médicas já que a psicologia me faculta uma vastidão conceitual com a qual me identifico plenamente. Nas áreas de fronteira prefiro a cautela.

A indução consciente da projeção é uma técnica para entrar em um estado de sonho lúcido ou projeção da consciência, utilizada sécularmente por culturas ameríndias, africanas e asiáticas. E originadas a partir de ocorrências naturais nessas culturas milenares.

Como fenômeno sempre despertou a curiosidade e o interesse de grupos humanos como instrumento de “conhecimento” e saber.

Se houver indicativo de patologia cerebral ou disfunção, o caminho é procurar um atendimento médico.

Já tive oportunidade de abordar as diferenças entre o “Tempo Psy e do corpo” e o “Tempo” social do homem moderno.

A vida moderna nos induz a pensar num tipo de vida humano dissociado do universo e até mesmo do corpo. A mente veloz, a velocidade das comunicações, dos veículos, os hábitos, a aceleração física, a ansiedade, a impaciência, etc, levam o ser humano a acreditar que a máquina corporal é “sem limites” como as máquinas que constroi para seu conforto. Dessa forma passa a crer que o seu “Tempo” mental define a sua vida, sua ação, seu poder sem saber que até um “certo” momento o corpo acompanha mas a partir do momento em que são rompidos os limites, os sistemas orgânicos se alteram em seus ciclos, rítmos e frequências. São desconfigurados e reconfigurados dentro de nova ordenação, passando a funcionar em novas dinâmicas em disfunção.

As consequências podem ser inumeráveis e imprevisíveis.

Na sua vida,  a forma como funciona diante das exigências do mundo, ou como lida com a capacidade de excitabilidade, a hiperatividade pode deixar de lhe permitir o necessário repouso e sono profundo, induzindo-a a estados de consciência associados à compulsão, decorrentes de elevação da excitação, polarização, possibilitanto, consequentemente, um afloramento de consciência  no estado de sono profundo, a vivência de corpo adormecido e consciencia desperta, fenomeno comum em estágio anterior ou posterior à projeção do corpo astral.

Se a psique está em estágio de sono REM, condição de sonhos, a consciência pode experimentar um realismo hiperfantástico, ou projeções de imagens que podem ser compreendidas como “alucinação”.

Neste estágio o corpo experiementa o relaxamento mais profundo, está naturalmente fora do controle psiquico e além do poder da “vontade”. Se você “acorda” a consciencia, ou se a consciência “desperta” ela não tem o poder de mobilizar nenhuma parte do corpo. Não esqueça, a mente desacostumada e controladora pode entrar em Pânico com a falta de “Controle” na situação.

Como o tempo interno difere do conceito do tempo externo um ou dois segundos pode aparecer como “Sem Tempo”, uma eternidade, o apego ao “controle” ao corpo, à materialidade assim como a ansiedade, a impaciencia podem tornar a experiência natural como assustadora ou angustiante.

Portanto, cuide de sua ansiedade e se aplique nos estados de meditação profunda para desenvolver suas experiências noturnas.

Qual a real importância de sonhos lúcidos?

Têm a importância que você estabelecer.

Eles são um portal de consciência amplificada para que possa se conectar neste mundo com novas formas de experimentar a existência. A experiência pode favorecê-la a desenvolver a disciplina, o controle mental, o conhecimento acerca de si mesmo, o aumento da resistência mental, a descoberta de seus potenciais de força, o desenvolvimento da percepção, a ampliação de padrões de consciência que lhe possibilitem se relacionar de forma mais inteira com o mundo, etc.

Mas importância é uma questão relativa. O sujeito estabelece prioridades e dá importância aos seus objetivos.

O que tem importância nesta vida?

O amor? A afetividade? O poder político? A fama? O dinheiro? A família? A segurança? O conforto? Amizades? Riquezas? Tranquilidade? Saúde? Nada disso?

O que é importante nesta vida?

Princípios? Moral? Verdade? Honestidade? Ética? Consciência? Consciência Amplificada da existência?

Qual a real importância dos sonhos lúcidos? Nenhuma! A possibilidade de transitar em outras dimensões? Prá que?

Penso que você tem o direito de descobrir e de se responder.

Ψ

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