sexta-feira, 28 de agosto de 2009

REFÚGIO



Segundo sonho: entrei num local religioso que parecia uma igreja crente e num dos cômodos do fundo havia três colchões no chão donde repousavam uma mulher com um filho de aproximadamente oito anos e um bebê. Eles haviam ganhado abrigo no local e fiquei muito emocionada com aquela situação. Em seguida já me vi jovem numa sala de aula e o professor elogiou meu caderno ao passar por mim. No momento do recreio sai de mãos dadas com uma amiga, logicamente só conhecida dentro do sonho, a qual era vegetariana como eu e quis comprar uma fatia de pão de linhaça para experimentar. Era um balcão enorme cheio de variedades alimentícias e nunca éramos atendidas, pois a fila para quem queria pastel sempre ficava enorme e estes, não sei por que, eram atendidos primeiro.


Uma igreja é sempre a casa de Deus, um local sagrado, não apenas para orações, meditações, reflexões, ablações. Um lugar onde manifestamos nossa condição de humildade, onde damos repouso ao espírito, o local que acolhe os menos favorecidos, privilegiados e onde somos todos iguais frente ao supremo criador. Emocionalmente você é susceptível à condição precária de maternidade, e essa fragilidade está relacionada ao medo de sofrer num cenário de semelhante, à identificação com essa condição pessoal na sua história ou a uma natureza de auto comiseração que você possui, neste caso é necessário fortalecer sua auto-estima e trabalhar a aceitação das realidades desfavoráveis. Por outro lado se a sua realidade no momento for desfavorável e tenso, o inconsciente favorece as imagens que induzem o individuo susceptível psiquicamente para que através de um momento emocionalmente catártico possa atualizar os níveis intra-psiquicos de tensão, protegendo o organismo de um colapso. Veja que neste último caso a sequência onírica já é de uma realidade de conforto na cobrança (autoridade X aluno) e de alívio da tensão egóica (elogio), carícia no ego, e busca de conforto (recreio, repouso, descanso, alimento). Na sequência você é confrontada na sua intenção de ser privilegiada pela prioridade na fila, mesmo que possa se considerar melhor sendo vegetariana e não carnívora. Você não é melhor do que o outro por não comer cadáveres de animais, essa realidade é apenas a sua escolha, que te faz diferente do outro, nunca melhor. A prioridade é o coletivo. Neste aspecto o inconsciente nos lembra que se somos todos iguais, nossas diferenças são resultados de nossas escolhas, e elas são boas apenas para nós que as escolhemos. No caso, ainda que a escolha de ser vegetariano seja uma escolha mais saudável e mais inteligente do que a escolha de ser carnívoro, ela não pode ser a justificativa para o fortalecimento da vaidade, do egoísmo ou do privilegio. É necessário ter compaixão pelo outro, pelas escolhas infelizes que o outro faz. Mas o momento é de atenção. ALERTA! Seu nível de tensão e de exigência pode continuar alto. É necessário desenvolver novas respostas, novas atitudes. As perguntas: alguma associação com seus 8 anos? Existe uma criança na sua vida? Sutilmente, a imagem de mãos dadas com sua amiga é fraterna ou como Girl Friend? Existem desejos latentes por iguais que acionam conflitos? culpa?



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