quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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  Justiceira, Castradora e Fálica


Pelo que entendi, independente do meu lado masculino ser submisso ao feminino, a verdade do problema é que minha força masculina está reprimida pela própria masculinidade interior e isso gera o comportamento masculino afeminado. Então, em verdade, sou submissa a força masculina que está disfarçadamente reprimida?

Você tem seus conteúdo masculino sob severa repressão, o que ocasiona uma relação turbulenta entre a sua natureza masculina e a sua natureza feminina. A repressão ao consegue o domínio absoluto da força do vulcão. O vulcão vaza como um dragão em fúria soltando fumaça pelas frestas e lava pelas fissuras, consequentemente a força do masculino se impõe e aparece como uma mulher dominadora e castradora, agressiva, instável emocionalmente, insatisfeita, inquieta. Em síntese: uma Mulher Yang, masculina. A força do masculino prepondera e reduz as manifestações femininas.

Neste caso o feminino é contaminado e não aparece como coração, afeto, delicadeza, suavidade, espírito, intuição, magia. Vai encontrar dificuldades para manifestar sua essência. Deixará de caracterizar a mulher que estará visivelmente masculina, mulher guerreira, competitiva, agressiva, dominadora, controladora, supostamente racional.

“...a verdade do problema é que minha força masculina está reprimida pela própria masculinidade interior e isso gera o comportamento masculino afeminado.”

A força do masculino não está reprimida pela masculinidade. O Masculino, o conteúdo arquetípico é reprimido pela intenção consciente do indivíduo, como sujeito constituído, ego, superego, ou como quiser designar o que você é. Este conteúdo reprimido, fortalecido com a força aplicada para reduzi-lo, encontra brechas para se manifestar, canais onde possa se projetar. Dessa forma acaba contaminando a personalidade do sujeito e se impondo imperativamente. O conteúdo reprimido se manifesta através de desvios, deformado, impondo sua presença e como consequência reduz o espontâneo e a configuração original do sujeito.

“Então, em verdade, sou submissa a força masculina que está disfarçadamente reprimida?”

O Seu feminino estará subjugado pela força do masculino que se credita reprimido ou submisso.

É importante que entenda que a força da repressão que aplica sobre o conteúdo focado, alimenta este conteúdo que quer reduzir, fortalecendo-o. Quando pensas que aniquila o “monstro” você o fortalece.


  Ana Claudia Michells
Foto de Zee Nunes e André Katopodis

Na foto acima, a reprodução da feminilidade na sua essencia; Floral, suavidade, delicadeza, magia onírica, para contrapor a ideia da feminilidade subjugada pela força Yang do senhor da guerra.

Ah! Em geral a mulher castradora-dominadora se mostra uma mulher Fálica. Muito natural que essa mulher Yang, tenha como que um FALUS exposto de tamanho avantajado e uma sexualidade, consequente, à flor da pele. Também no sexo elas se mostram competitivas, ativas, imperativas e assustadoras. Muitos homens adoram e outros mais delicados ficam apavorados, talvez por medo de se tornarem  escravos sexuais, como mulheres possuídas. Mas este é outro assunto.

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