terça-feira, 7 de setembro de 2010

DOR E DEFESA DA INTEGRIDADE PSY II


Carla156
   O SONHO


Muitos são os que agridem a criança para fazê-las silenciarem, Muitas vezes os silenciam por toda uma vida.

É possível que o sonho seja o resgate de memória de uma vivência semelhante, neste caso, ele lhe oferece a possibilidade de se reconstruir, de se reconfigurar dentro deste seu momento. Em sonhos anteriores detectamos a necessidade de sua reconciliação com seu lado criança. Este lado criança difere do adulto infantilóide. É a natureza original, espontânea, natural que precisa ser cuidada e protegida para que possa se manifestar na plenitude de suas potencialidades. E no sonho você cuida de sua criança. Pode ser compensação (não creio), neste caso olhe com mais carinho para você, sua natureza, seus desejos, suas necessidades. Cuide mais de si mesma, se leve mais em consideração, sem precisar se esconder no ego centrado. Dê mais valor aos seus sentimentos, emoções, percepções, sentimentos, privilegiei-se.

Sua resposta de proteção difere da defesa neurada, da blindagem agressiva e reativa. Elas (as mulheres) nem a percebem, sinal possível de que sua privacidade esta melhor constituída. E esta proteção é resposta afetiva que se desenvolve, é comprometimento, consigo mesmo e com o mundo.

Se sua psiquê lhe permite viver esta cena é para que possa se reconciliar consigo e com o mundo, e merecimento pelo seu esforço. Já não há apenas a menina ressentida, severa e critica que julga e condena a todos, mas aflora a mulher que se protege, Mãe de Si Mesmo, maternal, afetiva, que tem a exata dimensão daquilo que deve ser feito, e o faz sem dramaticidade mas apenas com o poder do amor.

Muitas vezes só nos damos conta de fatos e ocorrências quando estamos preparados para olhá-los de frente sem sermos desconstruídos pelos acontecimentos, sem sermos devastados pela memória de nossa tragédia.

Porque nesta vida é assim: o guerreiro sabe que não pode ficar se lamentando pelo destino trágico de sua vida. Ele sabe que o mais importante é fazer alguma coisa, o possível, enquanto há tempo.Desta forma ele abandona o passado dramático e se encontra no presente absoluto da vida. Mas para isso é preciso aprender a renunciar aos ressentimentos, aqueles que nos mantêm a lembrança viva de nossos sofrimentos.

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