O SONHO
O sonho parece de confronto. Um sonho de confronto se apresenta como o imponderável, já que o desafio é apresentado, você toma consciência do desafio e apresenta a resposta de acordo com a sua capacidade de resposta, consciência e consistência de propósitos estabelecidos pelo sujeito diante da vida. Alem dos conceitos, projetamos a carga emocional que o acontecimento promove, sentimentos, angústias, ansiedades, caprichos, vaidades, interesses pessoais e coletivos, medos, etc.
No sonho você esta defronte a um duelo. É manifesta a insanidade do comportamento de homes que deveriam se pautar pelo princípio de realidade, mas que se pautam pela força dos caprichos sustentados pela vaidade.
E você reponde de forma decisiva como a mulher que incorporou o senso de realidade, a lógica e as consequências possíveis para um comportamento tão insano (matar ou morrer em nome do orgulho e de vaidades). Essa mulher é a mulher que incorpora o melhor do seu Animus, o melhor de seu lado masculino, ainda que se defronte com um lado masculino insano e vaidoso.
Tentando clarear: Aquela mulher castradora e dominadora é a mulher que tentando aniquilar o lado masculino, se vê invadida e contaminada por um arquétipo que a masculiniza.
Eu costumo dizer que precisamos aprender a lidar é com o lado que não compõe nossa natureza.
A mulher já tem a natureza feminina original, precisa, portanto integrar a essa natureza o conteúdo de Animus, quando ela não faz isso, ela abre espaço para que esse animus contamine sua natureza feminina.
O Homem já tem a natureza masculina original, portanto precisa integrar a essa natureza o conteúdo de anima. Quando não faz, acaba abrindo espaço para que essa anima contamine sua natureza masculina.
Integrar o conteúdo oposto passa primeiro pela ordenação e identificação desse conteúdo e pela incorporação do melhor do conteúdo, transformando suas deformações (que em geral são conteúdos e princípios transitórios decorrentes do tempo e da cultura em que estamos inseridos).
No sonho vemos dois homens insanos, intolerantes, agressivos, inflexíveis e uma mulher que manifesta o melhor do conteúdo de animus, a lógica, o bom senso, a tolerância, o perdão, a compaixão, chamando-os para a consciência e responsabilidades do ato de insanidade.
Voce é confrontada com:
. A falta de lógica do masculino;
. A necessidade de ampliar a aceitação dos limites humanos frente à força do destino;
. A importância de intervir abandonando o conforto da omissão;
. A necessidade de aumentar a resistência mental frente aos impactos devastadores produzidos pela realidade em nosso sistema pessoal;
. A importância de transformar esses conteúdos internos de forma a poder incorpora-los transformados à sua personalidade.
Perceba que no confronto existe o conteúdo coletivo e o pessoal, o coletivo faz referência genérica a sua relação diante do mundo. E o pessoal faz referência à existência de conteúdos internos que anseiam por transformação. E só podemos transformá-los com a força dos princípios, com a generosidade da compaixão, com a humildade dos que abandonam caprichos, orgulhos e vaidades.
O caminho é um bom caminho, ainda que possa ser um looongo caminho.
Ah! O sacrifício, isso faz parte de sua natureza dramática, do mito da heroína, que ainda é capaz de doar sua vida como forma de contribuir para o coletivo se oferecendo como sacrificada. Não se engane! Há limites para o sacrifício, ultrapassar esses limites pode significar tolice, a tolice de acreditar que se sacrificar completa sua tarefa diante da vida. Não completa nem a realiza, apenas determina o seu fim incompleto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário