segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PÁSSARO AZUL




Sonhei que estava com Albert Einstein em um galpão de experimentos em sua casa. Ele estava sendo desafiado a descobrir ou inventar algo e eu estava aprendendo e ajudando-o. Ele estava criando (reproduzindo) cobras e jacarés em seu laboratório caseiro. Creio que as cobras e os jacarés eram geneticamente modificados. Interessante que, se não me engano, ele criava os jacarés para alimentar as cobras. Houve um momento em que ele me pediu para segurar uma bandeja de barro cheia de cobrinhas com cerca de uns quinze centímetros. Eu sabia que elas eram inofensíveis, pois ainda eram praticamente larvas. Só que em questão de instantes elas começaram a sair da bandeja (o ninho) e esparramarem-se subindo e descendo em meu corpo. Devolvendo a bandeja para ele, já agoniada com aquilo, retirei com cuidado cada uma das cobrinhas devolvendo-as. Notei que elas grudavam umas as outras e onde elas haviam passado no meu corpo estava babando como se elas soutassem uma gosma. Não achei nojento e nem tive medo, apenas não esperava que as cobras fossem ter aquela reação. Era legal conquistar jeito para lidar com aquilo e tive o cuidado de retirar todas devolvendo-as intactas. Então Albert me explicou que eu só podia estar com cheiro de carne e isso era perigoso. Estranhei, pois além de ser vegetariana eu não mexera com carne alguma. (1)

Nisso ele se retirou para fazer uma receita de um bolo com farinha de milho e eu estava recolhendo uma das vasinhas de farinha com leite que caíra do nada no chão quando apareceram três pessoas conhecidas que me levaram até um parque. Logo na entrada havia uma piscina muito grande e funda que estavam enchendo de água. Embora fosse feita apenas de cimento, a água refletia o céu num azul límpido. Na parte mais funda havia uma grande escada de ondas e várias pessoas sentadas no ultimo degrau. Fiquei a pensar que se aquelas pessoas escorregassem da escada e não soubessem nadar para a parte rasa, provavelmente afogariam de imediato. Então entrei por uma rampa na lateral e fiquei olhando lá de cima para a piscina. Só que foram subindo mais pessoas e fui aos poucos meio que empurrada para o fim da rampa donde adentrava-se numa espécie de túnel-piscina-labirinto. Como se estivesse numa boia dentro de num amplo tobogã coberto (haviam mais pessoas comigo), fui deslizando e já estava achando que ia me sentir sufocada ali dentro quando saí num local completamente diferente. Levantando e saindo da boia, caminhei por uma espécie de mesquita. Percebendo que nada daquilo estava normal, perguntei para uma jovem que lugar era aquele. Sem saber me explicar direito ela respondeu que era um parque onde tinha algumas praças. Que era um parque eu já sabia, mas não estava achando que fosse um parque qualquer. Então perguntei para ela se não achava perigoso estar num local que não sabia exatamente o quê era e onde ficava. Senti-a confusa, mas ela definitivamente parecia não se importar. (2)

Foi então que dei-me conta de estar sonhando. Fiquei maravilhada por ter consciência do fato. Explorei o local olhando para o exterior. De uma janela enxerguei vastas dunas de areia com pessoas passeando de elefante, camelo, dromedário e cavalos. Achei muito divertido estar ali.(3)

Caminhei para um jardim (ou seria uma praça?) dentro da construção. Havia na parede alguns andares abertos (estilo pé direito) e num destes haviam dois homens reunidos descansando sobre almofadas, conversando e dividindo uma shisha (ou narguilé - descobri o nome através da internet). Como não havia escada, supus que eles só poderiam ter chegado lá voando e constatando que realmente era apenas um sonho, comecei a voar e isso era muito divertido. O local era encantador e fui ver um pequeno pássaro que estava preso numa gaiola num dos cantos. Enquanto eu voava o pequeno e belo animal estava preso. Comecei a conversar com ele carinhosamente quando notei que a comida dele estava mofada. Indignada com aquilo notei que ele estava quieto de mais e olhando bem para sua penugem azul brilhante, dei-me conta de que ele também começava a mofar e por certo deveria estar morto. Então comentei com a jovem, a qual ficara me observando, que aquele local estava precisando de funcionários melhores. Chocada com o fato me retirei do ambiente e nisso acordei.(4)

Ψ


EM 4 TEMPOS

PRIMEIRO TEMPO

No post, que pode ser revisto, Serpente e kundaline, no link


ou no indicador temático "kundalini" ou "serpente", o leitor poderá encontrar conteúdo relacionado, de onde pincei o seguinte trecho de sonho anteriormente relatado do mesmo sonhador:

“...e então deparei com um jacaré fino e comprido, parecia um filhote. Comentei que aquilo não era uma cobra e então me disseram que logo eu veria a cobra. Realmente, logo depois uma cobra de cor verde claro começou a sair de dentro do jacaré como se este tivesse uma bolsa nas costas.”

O relato acima se contrapõe ao atual onde as cobras se alimentam de jacarés.

No primeiro a cobra sai de dentro do jacaré neste o jacaré penetra a cobra.

A associação que me vem é imediata.

No post indicado escrevi que: “O Jacaré ocupa o terreno de mediador entre os elementos Terra e Água. O que faz dele o elemento que simboliza as contradições. Possui o mesmo simbolismo do Dragão, daí a força negativa de sua presença, agressividade, ameaça originária do inconsciente coletivo.”

Portanto, a dinâmica da psique pode estar indicando que seus centro energéticos incorporam, assimilam, atualizam, energias acumulativas voltadas para respostas reativas de defesa e de ataque contra o meio ameaçador.

O encontro com A. Einstein e a ocupação de assistente, pode ser referência da presença de ordenação de conteúdos masculinos agora comandados pelo pensamento lógico, pela elaboração de conteúdos e raciocínios, observação e o desenvolvimento de atitudes menos impulsivas e mais trabalhadas em objetivos.

Duas observações:

1. As cobras subindo e descendo podem indicar fluxo de energia que rompe os estados de maior densidade e paralisia para estados energéticos mais dinâmicos.

Quando as energias são densas ficam localizadas em estado mais profundos do corpo, consequentemente para serem acionadas exigem maior polarização e grande diferença de potencial elétrico, daí a presença de comportamentos mais explosivos e agressivos. A energia para ser acionada precisa de reações poderosas que quando atingidas resultam em explosões emocionais reativas e descontroladas. Há ausência de controle emotivo e de domínio de pulsões.

A introdução da consciência disciplinada, e analítica favorece o reordenamento dessas energias densas e que escapavam ao poder de controle do indivíduo;

2. A dinâmica da Kundalini se apresenta-se circulando pelo corpo. E a sua atitude é de domínio, e controle pegando cada fluxo e colocando-o no lugar devido, devolvendo-o ao controle do mestre do pensamento físico.

Você pode não se alimentar de carne, mas é constituída como carne. O cheiro é cheiro de vida, de desejos, de mulher carnal, sexual que atrai a “cobra” masculina.

As energias liberadas, liberam o poder de atração feminino. Se prepare para o assédio masculino.


A imagem acima e a anterior é uma singela lembrança e homenagem a Antoine de Saint- Exupéry

SEGUNDO TEMPO

Voce bem percebeu:

“Percebendo que nada daquilo estava normal,...”

A construção parece-me uma atualização psíquica que quebra a rigidez de seu controle perceptivo. Sua forma de funcionar, não escapa ao padrão coletivo, ordenando a percepção para uma classificação do cenário que está inserida para obter controle e eliminar a ameaças que coloquem em risco o seu entendimento do mundo. Você se refugia na construção de um mundo que lhe seja mais confortável mentalmente.

O sonho quebra esse padrão, e já vem fazendo isso a um longo tempo, para compensar sua rigidez mental e para prepará-la para poder avançar para outros estágios de percepção e de compreensão da realidade do mundo. A fase continua sendo de preparação e transição. Se antes você aprendeu a nadar, agora já possui instrumento, boia, para flutuar. E transpor o túnel, a transição.



TERCEIRO TEMPO

O estado de consciência é conquistado. A consciencia do Presente. A visão do SER

“Foi então que dei-me conta de estar sonhando. Fiquei maravilhada por ter consciência do fato. Explorei o local olhando para o exterior. De uma janela enxerguei vastas dunas de areia com pessoas passeando de elefante, camelo, dromedário e cavalos. Achei muito divertido estar ali.”

Elefante – símbolo do poder real, Xiva, prosperidade, estabilidade, força, longevidade e capacidade destrutiva quando descontrolado e pulsional;

Camelo (Camelus bactrianus, duas corcovas no dorso), Dromedário (Camelus dromedarius, com uma só corcova no dorso) – simbolo da sobriedade e do caráter difícil. Atributo da Temperança, a capacidade de resistência, o aliado na travessia do deserto.

Cavalo – símbolo do psiquismo inconsciente. A sublimação do instinto, a força domesticada a serviço do ser humano. Ver indicador temático.

A consciência pode não estar consolidada, mas já é experimentada, sentida, vivida. Se conquista a observação. Inicia-se a exploração e descoberta do mundo.

O Deserto se mostra rico e esplêndido, cheio de vida, o humour é agradável. Há harmonia e o equilíbrio é positivo. O individuo se aprimora, amadurece, a consciência se amplia.


QUARTO TEMPO

O pássaro é o símbolo da Alma, a representação da alma que se liberta do corpo.

Símbolo celeste e dos estados espirituais, o estado superior, representa a personalidade do sonhador.

No sonho você adquire a capacidade de romper com as barreiras e forças que a puxam para baixo, e subindo encontra seu pássaro azul aprisionado, seu espírito azul brilhante aobrevivendo às custas de alimentos estragados.

Olhando por esse prisma a imagem é infeliz, mas ao contrário do que parece, considero o encontro auspicioso, porque o que encontras e vês pode ser o estado do espírito que sofria o impacto do aprisionamento e agora podes ter o domínio para realizar as ações que levem à libertação deste espírito aprisionado.

Bem, em princípio é isso. Penso que pode favorecer sua reflexão e entendimento de seu momento. Outros acréscimos poderiam ser feitos, mas por hora é o que a situação me permite.

Ψ

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