sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

COSMIC MESSAGE



Imagem do filme "O Segrêdo", editada

Sonhei que estava dormindo e não conseguia mexer-me. O corpo estava pesado como se ele dormisse enquanto eu, ou melhor, minha mente, permanecia completamente alerta. Sentia agonia por isso e queria acordar, mas também não dava conta. Nisso uma voz masculina me disse para não desperdiçar a oportunidade de dormir com consciência e ensinou que eu deveria mexer com bastante sutileza, começando pela ponta dos dedos e vagarosamente, sem grande esforço, ir movendo o membro todo. Apesar de conseguir levantar o braço com tal truque, ainda assim era difícil e não deixava de ser um tanto desesperador, pois era como se precisasse técnica para algo que normalmente basta um comando de impulso. Por mais que eu soubesse sobre meu corpo estar seguro em suas atividades normais, o fato de não poder mexer em sonhos do gênero é associado a sufocamento, como se existisse medo dos órgãos vitais ficarem inertes sem conseguirem funcionar. Tentei mexer mais do que o braço e com muito custo, dando o máximo de mim para dominar a agonia, sentei na cama, mas em verdade eu não sabia se estava mexendo o corpo ou apenas a parte espiritual desprendida da matéria. Levantando eu não sabia se aquilo me faria ser sonâmbula ou se estaria movendo apenas a mente, ou seja, simplesmente sonhando com consciência. A sensação de estranheza continuava sendo gigante como sempre foi em tais tipos de sonhos. O homem mestre nisso, um figurante inédito que não reconheci pois apenas escutava-lhe a voz, disse-me que o processo era difícil mesmo e que eu precisaria de bastante treino para deixar de sentir a agonia inicial de não conseguir me mover, a qual geralmente me fazia ter ímpetos de acordar para sair do estado cataléptico. Interessante que eu continuei dormindo sem acordar.

Há muitos mais mistérios neste universo do que podemos ser capazes de imaginar.

Os sonhos são criados como um resultado do processo de reordenação, reconfiguração, redirecionamento, atualização dos sistemas corporais e alerta projetivos para a consciência. Em decorrência disso se transformou num meio de comunicação entre o inconsciente, como centro de comando dos sistemas e a consciência que é a possibilidade de aprimoramento do comando psíquico.

Essa comunicação se dá em vigília através de pensamentos que podem aparecer como percepção, intuição, alertas de perigo, sensações corporais de dor ou prazer e da seletividade perceptiva que direciona os instrumentos de percepção (audição, visão, etc.) para o foco de interesse do inconsciente.

Assim enquanto vivemos, sistematicamente estamos funcionando como mediadores entre a realidade externa, o mundo, e a realidade interna, nosso interior.

A psique possui nos sonhos um meio de comunicação, ponte e conexão com a consciência, mas é claro que o mecanismo do sono possui alem da conexão e construção onírica, outros recursos que podem ser desenvolvidos, aprimorados e que servem para permitir à consciência acesso a outras dimensões do universo ou a outras possibilidade de estabelecermos relações com o mundo e com outras dimensões.

Na manifestação relatada, temos o relaxamento físico em estado de sono e a manutenção do estado de consciência, o corpo entra em estado de repouso, baixa atividade, funções lentificadas, para reprogramação, atualização da condição mecânica, bioquímica e funcional dos órgãos e a manutenção da consciência funcionando transcendentalmente como em estado de vigília.

Essa supra consciência, plugada com o fenômeno rompe com o estado de vacuidade e mantendo-se em vigília consegue abstrair sua existência alem da materialidade corporal e desenvolver a função de transporte e de mobilidade trans espacial e trans temporal

. O corpo repousa em estado profundo;

. A consciência mantém-se desperta, e adquire:

1. A capacidade de mobilidade extracorpórea no espaço;

2. A superação da força de gravidade;

3. A capacidade de deslocamento como expansão e projeção em forma de luz;

4. A capacidade vibracional de um estado de consciência que supera a dimensão temporal.

Na educação e sociabilização sofremos processo padrão de adequação à realidade material e corporal, como se escolhêssemos viver limitados dentro de uma dimensão confortável e administrável. Deixamos de desenvolver e de aprimorar certas habilidades de nossa natureza incomum e não material. O que não quer dizer que as funções ou fenômenos deixem de existir ou de ocorrerem.

Naturamente, lidar com o desconhecido causa estranheza e desconforto, e principalmente lidar com funções corporais que não temos o poder de controlar pode se tronar assustador, ameaçador e desconfortável. Mas desde que haja disponibilidade essas habilidades podem ser reaprendidas e aprimoradas. Para o deleite dos corajosos que rompem com o status da realidade padronizada.

Quando nos dispomos ouvir, ver, sentir, e aprender, um portal magnífico se abre à nossa frente para se avançar no aprimoramento da consciência e apreender de forma mais completa a plenitude do sentido de existir num universo mágico, absoluto e esplêndido.

Ψ


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