Rafael (Raffaello Sanzio-1483/1520)
Madona Sistina (detalhe)
Gemäldergalerie,Dresden/Magnum foto/Erich Lessing
Houve um tempo...
Tempo de inocência,
de Ingênuidade.
Não que maldade não houvesse,
Que guerras fossem românticas,
Que diferenças fossem menores,
Que o poder não fosse disputado,
Que não existesse competição, Ganância, Orgulhos,
arrogâncias, prepotentes e essas misérias humanas.
Esse lado sombrio sempre existiu, faz parte do desafio humano de levar luz à escuridão.
Mas... houve um tempo de inocência
em que viviamos sob uma aura de mágia,
onde a existência era agraciada por uma luz suave que a todos envolvia,
e até a maldade era refreada por temor ao quinto dos infernos.
Mas esse tempo acabou.
Passamos a fronteira para um novo tempo.
Um tempo real de consciência em que a vida pode ser tudo e pode não ser nada
um tempo que não permite a ingenuidade da ignorância
mas que pode nos transformar em refratários,
Um tempo de perigo que exige atenção, cautela, cuidados, prevenção,
pois o perigo ronda em cada nova esquina.
Um tempo que não nos envolve na magia da existência
mas nos permite redescobri-la abrindo portais,
onde do lado de lá, a um segundo,
reside toda a inocência e toda a ingenuidade do leve, do amor.
Eu desejo a vocês,
O simples, o suave, a leveza,
a carícia delicada do amoroso,
da calma, do tempo sem pressa,
da fala sem ansiedade,
do escutar como quem escuta pela primeira vez,
sem pré-escutar,
sem saber o que vira,
com os olhos de quem vê a beleza
e o mistério que renasce a cada instante da vida.
de COR
FELIZ NATAL
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